Terça-feira, 30 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de abril de 2019
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (25) que não se opõe em devolver o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Ministério da Economia. O órgão pertencia ao então Ministério da Fazenda e, com a Medida Provisória (MP) 870, que reduziu o número de ministérios do governo, passou ao domínio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Sérgio Moro.
Em conversa com o senador Fernando Bezerra Coelho, que é o relator da MP, Bolsonaro diz ter ouvido o relato de que havia alguns problemas na matéria, entre eles essa mudança do Coaf para a Justiça. “Não me oponho em voltar o Coaf para o Ministério da Economia, apesar do Paulo Guedes estar com muita coisa. Falei hoje com o Fernando Bezerra sobre o assunto. Tem um ponto ou outro. Se não aprovar será uma bagunça. Teremos que ter mais sete ministros”, afirmou o presidente.
A medida, um dos primeiros atos do governo, diminuiu o número de ministérios de 29 para 22 e reorganizou as atribuições do Executivo. Com a MP, as funções do Coaf foram mantidas. O órgão tem como principal função examinar e identificar possíveis práticas relacionadas à lavagem de dinheiro, corrupção e financiamento do terrorismo, alertando as autoridades competentes por meio de relatórios. O Coaf ganhou destaque no noticiário nos últimos meses após apontar transferências atípicas de recursos por parte de Fabrício Queiroz, um ex-assessor de Flávio Bolsonaro, filho do presidente.