Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Bolsonaro nos EUA: a dependência da China foi o principal tema de jantar em Washington

Compartilhe esta notícia:

O jantar ocorreu na residência do embaixador do Brasil em Washington. (Foto: Alan Santos/PR)

A ameaça estratégica representada pela China e a necessidade de reduzir a dependência do gigante asiático foram alguns dos principais assuntos do jantar oferecido para o presidente Jair Bolsonaro na residência do embaixador do Brasil em Washington, Sergio Amaral.

O ex-estrategista de Donald Trump Steve Bannon discorreu longamente sobre a necessidade de reduzir a “co-dependência” da China e como administrar a relação com Pequim de modo a proteger os interesses nacionais brasileiros.

Uma das ideias abraçadas por uma ala do governo é uma aliança entre Brasil e EUA para coordenar a produção agrícola e ganhar alavancagem em seu poder de negociação com o mundo. O chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, e o ideólogo do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, são dois dos maiores defensores de uma redução de exposição à China.

Já a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, está em sintonia com as queixas dos produtores agrícolas e organiza uma missão para a China no início de maio, com o objetivo de aumentar o número de estabelecimentos que podem exportar carne bovina, suína e frango para os chineses, além de aumentar a pauta exportadora para o país asiático.

No jantar, Tereza ressaltou a importância das exportações agrícolas do Brasil para a China – o país asiático absorve cerca de 35% das vendas externas de produtos agrícolas do Brasil. O embaixador Sergio Amaral foi na mesma linha.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, ouviu atento às observações de Bannon e teria concordado em parte. Bannon teria dito que os chineses veem o Brasil da mesma forma que enxergam a Austrália e que o país está se tornando muito vulnerável a Pequim.

Esses temores estão em linha com as preocupações do governo americano sobre a expansão chinesa e o avanço tecnológico do país, principalmente com a Huawei na rede 5G, além dos problemas de segurança e da possibilidade de espionagem.

Autoridades americanas vêm falando com o governo brasileiro sobre isso. Bannon também abordou a falta de liberdade religiosa na China e o programa de investimentos chinês Belt and Road.

As grandes prioridades da política externa brasileira no momento, na visão da cúpula do Itamaraty e de olavistas, seriam a entrada na OCDE, o clube dos países ricos; ganhar o status de membro afiliado da Otan e evitar uma relação co-dependente da China.

O entendimento é que, a longo prazo, seria mais inteligente uma maior aproximação com Coreia do Sul e Japão do que com Pequim. Produtores agrícolas vinham se queixando da posição anti-China do Itamaraty após o chanceler Ernesto Araújo afirmar que o Brasil não vai vender a sua alma para exportar minério de ferro e soja e questionar se a relação com o país é benéfica para o Brasil.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

A Polícia Federal envia o celular da irmã de Aécio Neves aos Estados Unidos para acessar os dados
A atividade econômica no Brasil caiu 0,41% em janeiro
https://www.osul.com.br/bolsonaro-nos-eua-a-dependencia-da-china-foi-o-principal-tema-de-jantar-em-washington/ Bolsonaro nos EUA: a dependência da China foi o principal tema de jantar em Washington 2019-03-18
Deixe seu comentário
Pode te interessar