Segunda-feira, 29 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de setembro de 2025
O ex-mandatário enfrentou uma crise de soluços acompanhada de quatro episódios de vômito
Foto: ReproduçãoO ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não precisará ser levado ao hospital após sofrer uma forte crise de soluços acompanhada de episódios de vômito no fim da tarde desta segunda-feira (29). A avaliação foi feita pelo médico Cláudio Birolini, responsável pela última cirurgia abdominal do ex-presidente, que atendeu o paciente em sua residência, em Brasília. A informação é da CNN Brasil.
Mais cedo, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) havia informado em rede social que o pai enfrentava uma crise de soluços e teve “quatro episódios de vômito” intensos. Ele afirmou que a família chegou a avaliar levá-lo ao pronto-socorro, mas a medida foi descartada após a avaliação médica.
Segundo apuração, a visita de Birolini já estava programada para retirar os pontos da cirurgia realizada no último dia 14, em que foram removidas lesões na pele, e coincidiu com o mal-estar do ex-presidente.
Carlos Bolsonaro relatou ainda que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro conseguiu deixá-lo mais confortável até a chegada do médico. “O médico já está a caminho de casa para avaliar a situação. Peço, por favor, que orem por ele”, escreveu em sua conta na rede social X.
Apesar da gravidade relatada inicialmente pela família, a equipe médica sinalizou que não há necessidade de transferência para um hospital e que boletins oficiais serão divulgados conforme a evolução do quadro.
Desde que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 27 anos e três meses de prisão pela trama golpista de 8 de janeiro, Bolsonaro cumpre pena em regime domiciliar no Lago Sul, em Brasília. A rotina de visitas de aliados e familiares se intensificou, mas relatos sobre sua saúde têm voltado a ganhar destaque.
Nesta segunda, horas antes da crise, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), esteve com o ex-presidente e comentou sobre sua condição. “O presidente está passando por um momento difícil. É muito triste. A gente conversando e ele soluçando o tempo todo”, disse.
Tarcísio afirmou que não tratou de anistia durante a visita, mas reforçou sua posição. “Minha posição é de defesa da anistia, acredito na paz dialogada e já foi usada em outros momentos. Podemos citar a anistia de 1979, da recepção no texto constitucional, do artigo quinto que trata sobre anistia e indulto. (A redução de penas) não satisfaz o presidente”, declarou.
Não é a primeira vez que Bolsonaro apresenta crises semelhantes. Há duas semanas, ele havia sido internado por sintomas parecidos. Os soluços são complicações recorrentes em seu sistema digestivo, consequência da facada sofrida durante a campanha presidencial de 2018.