Sexta-feira, 21 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de novembro de 2018
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) vai passar pela terceira cirurgia desde que foi esfaqueado quando participava de um ato de campanha no Centro de Juiz de Fora (MG). O novo procedimento, marcado para o dia 12 de dezembro, será realizado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, para a retirada da bolsa de colostomia, colocada em função de lesões graves no intestino do capitão da reserva.
Em entrevista coletiva na tarde de quinta-feira (01), Bolsonaro afirmou ainda que, por causa da cirurgia, a data da primeira viagem internacional como presidente eleito – anunciada para o Chile – ainda não foi definida. “Não marquei porque tenho problema com a bolsa de colostomia. Nestas viagens longas eu posso ter algum problema. E eu não quero colocar em risco a minha saúde. A princípio, a operação é no dia 12 de dezembro, três meses após a primeira cirurgia”, declarou.
O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), futuro ministro da Casa Civil, anunciou na semana passada que Bolsonaro traçou o roteiro de suas primeiras viagens internacionais. Sem data definida, ele deverá começar pelo Chile, ir aos Estados Unidos e depois a Israel. O roteiro escolhido sinalizou uma mudança na política externa brasileira em relação aos governos petistas.
Moro
Bolsonaro elogiou o trabalho de Sérgio Moro como juiz federal ao falar de sua nomeação para o Ministério da Justiça. “O trabalho dele é muito bem feito. Em função do combate à corrupção, da Operação Lava-Jato, as questões do mensalão, entre outros, me ajudou a crescer politicamente falando”, disse Bolsonaro.
Moro foi quem assinou a ordem de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Se eles estão reclamando, é porque fiz a coisa certa”, disse o presidente eleito referindo-se ao PT.
Segundo ele, o economista Paulo Guedes, que assumirá a Fazenda, foi quem fez a ponte com Moro. Bolsonaro afirmou desconhecer em qual momento a sondagem teria sido feita. “Mas isso daí não tem nada a ver. Se foi umas semanas, um dia antes da eleição, não tem nada a ver”, declarou.
Segundo seu vice, o general Hamilton Mourão, o convite ocorreu ainda durante a campanha, o que suscitou críticas, por sugerir que a atuação do magistrado tenha sido pautada pela disputa eleitoral. “Ah, não sei, não sei. Tenho pouco contato com o Mourão, estou aprofundando o contato agora com ele”, respondeu o presidente eleito.
Bolsonaro afirmou ter concordado em dar autonomia a Moro para nomear e conduzir as atividades da pasta. Ele não detalhou como ocorrerá a ampliação do Ministério da Justiça no seu governo, mas confirmou a incorporação da pasta da Segurança Pública.