Terça-feira, 18 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de novembro de 2020
O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quarta-feira um decreto que prorroga até o final de abril de 2021 o emprego dos militares das Forças Armadas na ação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Amazônia Legal, do qual participam desde maio deste ano.
“A atuação dos militares se dá na faixa de fronteira, nas terras indígenas, nas unidades federais de conservação ambiental, em outras áreas federais e, mediante requerimento do respectivo Governador, em outras áreas dos Estados da Amazônia Legal”, informou nota da Secretaria-Geral da Presidência.
Segundo o comunicado, as Forças Armadas atuam na região em ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais desde maio.
Na véspera, o vice-presidente e coordenador do Conselho da Amazônia, Hamilton Mourão, havia defendido a permanência dos militares até o próximo ano e que as operações na Amazônia venham a prosseguir até o final do governo Bolsonaro.
O aumento nas queimadas e no desmatamento na região, constatado por dados oficiais, têm sido alvo de críticas dentro e fora do país. Mourão foi escalado pelo governo para melhorar a atuação do governo para a área.
Garantia da Lei e da Ordem
Em julho, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto de GLO prorrogando a presença das Forças Armadas na Amazônia Legal até 6 de novembro.
Na ocasião, a decisão estendeu o prazo para a realização da Operação Verde Brasil 2, voltada para coibir a prática de crimes ambientais na região. A operação é direcionada ao combate ao desmatamento ilegal e a focos de incêndio.
A Amazônia Legal é uma área que engloba os nove estados que fazem parte da bacia do Rio Amazonas: Acre, Amapá, Amazonas, parte do Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Política ambiental
Hamilton Mourão afirmou na terça-feira que a política ambiental do governo vai continuar a mesma, independentemente de quem vencer a eleição presidencial dos Estados Unidos.
O vice-presidente chegou a ironizar análises que têm apontado que, em caso de vitória de Biden, haveria uma grande pressão norte-americana sobre a questão da Amazônia.
“Quanto à questão da mudança de governo nos Estados Unidos, eu tenho visto as análises e parece que, se Joe Biden for eleito presidente, a partir da segunda quinzena de janeiro o 18º Corpo Aeroterrestre americano vai baixar aqui, entrar Amazônia adentro e vai mudar tudo o que está acontecendo lá. Não é assim que vai ocorrer”, disse.
O vice-presidente reconheceu que haverá “algumas mudanças de posição” caso Trump seja derrotado, mas assegurou que a postura do Brasil independe do governo dos EUA. “Em relação se é Biden ou Trump, nós temos de fazer o certo porque esse é o nosso dever como governo do Brasil, senão vira bagunça”. As informações são da agência de notícias Reuters e da Agência Brasil.