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Notícias Bolsonaro reduz o poder dos partidos

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O presidente eleito Jair Bolsonaro adotou estratégia inédita de se relacionar com o Congresso. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O primeiro teste do governo de Jair Bolsonaro está marcado para o início de fevereiro, quando as mesas diretoras do Senado e da Câmara dos Deputados serão eleitas. É aí que a estratégia usada para montar o ministério, uma pista de como ele pretende governar, terá que mostrar sua eficácia.

O presidente eleito do Brasil adotou três eixos na montagem da equipe: interlocução direta com bancadas “transversais” no Congresso Nacional, diminuindo o poder dos partidos que o apoiam; criação de superestruturas, como a da Economia; e nomeação de militares de alta patente para cargos relevantes.

A forma de se relacionar com o Congresso brasileiro é inédita. Pela primeira vez, bancadas setoriais têm não só o poder de indicar ministros, mas também de vetar nomes.

A ruralista, por exemplo, indicou a deputada Tereza Cristina (DEM) para a Agricultura e o futuro ministro Luiz Carlos Mandetta foi indicado pela bancada da saúde. Já a evangélica impediu a nomeação do especialista Mozart Ramos para a Educação. O indicado foi o colombiano Ricardo Vélez Rodríguez, professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme).

O risco dessa opção é que bancadas “transversais” só atuam de forma coordenada em demandas específicas. Suprapartidárias, elas não são garantia de unidade em temas econômicos, como a reforma da Previdência, cuja aprovação exige os votos de três quintos dos deputados e senadores, em duas votações. Na disputa das mesas diretoras, elas têm pouca influência.

A possível reeleição de Rodrigo Maia (DEM) para a presidência da Câmara dos Deputados e a vitória de um emedebista para o comando do Senado, uma vez que o MDB possui o maior número de senadores, poderão significar o fracasso do plano de Jair Bolsonaro.

A história mostra que é difícil governar sem o apoio dos presidentes das duas Casas. A figura central na esfera militar é o general Augusto Heleno, que dá ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) uma dimensão muito maior que a habitual. Ele já deu diversas demonstrações da ascendência que exerce sobre o presidente eleito. Sua presença no Palácio do Planalto é vista como “estabilizadora”.

Outro general que desempenhará papel relevante no futuro governo federal é o vice-presidente, Hamilton Mourão, a quem Bolsonaro deu a inédita atribuição de coordenação dos ministérios, função que sempre coube à Casa Civil.

 

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