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Por Redação O Sul | 20 de setembro de 2018
Afastado da campanha nas ruas há duas semanas, depois ter sido esfaqueado durante um ato em Minas Gerais e estar hospitalizado em São Paulo, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) mantém a liderança da corrida presidencial, de acordo com nova pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (20).
Conforme o levantamento, o capitão reformado do Exército oscilou dois pontos para cima e alcançou 28% das intenções de voto, mantendo a trajetória de crescimento observada desde o início da campanha.
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), que cresce desde a sua confirmação como substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa, atingiu 16% da preferência dos entrevistados, três pontos a mais do que na semana passada. O candidato petista continua tecnicamente empatado com Ciro Gomes (PDT), que ficou estagnado, com 13%.
O instituto entrevistou 8.601 eleitores em 323 municípios na terça-feira (18) e na quarta-feira (19). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-06919/2018.
As menções espontâneas a Bolsonaro também cresceram nos últimos dias, assim como as citações a Haddad. Bolsonaro cresceu no Sudeste, Norte e Sul, onde atingiu a sua melhor marca (37%), e ganhou pontos entre jovens e até entre mulheres, apesar da grande rejeição no segmento. O petista cresceu no Sudeste e no Nordeste – onde alcança a melhor pontuação (26%) e única região em que está à frente de Bolsonaro.
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), que tem quase metade do tempo de TV, está estagnado na pesquisa, com 9%. O tucano aparece empatado com Marina Silva (Rede), que agora soma 7% da preferência, menos da metade do que tinha no início da campanha.
As simulações do Datafolha para o segundo turno mostram que Ciro é o único candidato que venceria todos os rivais. Ele bateria Bolsonaro com 45% das intenções de voto, vantagem de 6 pontos sobre o capitão. Nos outros cenários, Bolsonaro empata com Haddad, Alckmin e Marina.
A rejeição a Bolsonaro continua alta, e a de Haddad cresceu. Segundo a pesquisa, 43% dos eleitores dizem que não votariam de jeito nenhum no capitão e 29% rejeitam o petista.
Os eleitores de Bolsonaro e Haddad são os mais convictos. Apenas um de cada quatro apoiadores dos candidatos admite escolher outro nome. No conjunto do eleitorado, 40% dizem que podem mudar o voto. Entre eles, 15% indicam Ciro como segunda opção, 13% apontam Marina, 12% optam por Haddad e Alckmin e 11% indicam Bolsonaro.
Os eleitores de Ciro, Alckmin e Marina são os menos decididos. Mais da metade admite escolher outro candidato, e muitos têm trocado de camisa nas últimas semanas. O instituto também perguntou aos entrevistados se sabem o número de seu candidato. Responderam corretamente 48%, e 42% não souberam dizer o número certo.