Por Redação O Sul | 29 de setembro de 2025
O Brasil encerrou o mês de agosto de 2025 com saldo positivo de 147.358 empregos formais, de acordo com dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nessa segunda-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado foi obtido a partir de 2.239.895 admissões e 2.092.537 desligamentos registrados no período.
O número representa um avanço em relação ao mês de julho, quando o saldo de empregos com carteira assinada foi de 134.251 vagas. No entanto, o desempenho de agosto de 2025 ficou abaixo do registrado no mesmo mês de 2024, quando foram criadas 239.069 vagas formais. Segundo o MTE, fatores como alta de juros e desaceleração econômica influenciaram essa redução no ritmo de geração de postos de trabalho.
A análise por setores mostra que quatro dos cinco grandes grupamentos econômicos apresentaram saldo positivo no mês. O destaque ficou com o setor de Serviços, responsável por 81.002 novas vagas. Em seguida vieram Comércio (32.612), Indústria (19.098) e Construção Civil (17.328). Apenas a Agropecuária apresentou saldo negativo, com a eliminação de 2.665 postos de trabalho.
Dos 27 Estados brasileiros, 25 registraram saldo positivo na geração de empregos em agosto. Em números absolutos, o estado de São Paulo liderou com 45.450 novas vagas, seguido por Rio de Janeiro, com 16.128, e Pernambuco, com 12.692. Em termos proporcionais, o maior crescimento foi registrado na Paraíba, com alta de 1,61%, seguido pelo Rio Grande do Norte (0,98%) e novamente Pernambuco (0,82%).
O levantamento também identificou o perfil das vagas geradas. Do total, 75,1% foram consideradas típicas, enquanto 24,9% foram classificadas como não típicas. Entre estas, destacaram-se os trabalhadores com jornada de até 30 horas semanais, que somaram 40.544 novas vagas, especialmente no setor de educação, e os aprendizes, com 20.252 novos contratos.
Nos últimos 12 meses, de julho de 2024 a agosto de 2025, o saldo acumulado de empregos com carteira assinada foi de 1.438.243 novas vagas formais. Esse resultado é inferior ao do período imediatamente anterior, entre junho de 2024 e julho de 2025, quando o saldo havia sido de 1.804.122 postos de trabalho.
O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 2.295,01 em agosto deste ano, o que representa alta real (descontada a inflação) em relação a junho de 2025 (R$ 2.282,31).
Na comparação com agosto do ano passado, também houve aumento no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 2.275,42.
Segundo dados oficiais, a taxa de desemprego no Brasil foi de 5,6% no trimestre encerrado em julho. De acordo com o IBGE, essa foi a menor taxa da série histórica iniciada em 2012. (Com informações da Agência Brasil)
