Quinta-feira, 11 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de dezembro de 2025
O Brasil continua a ter o segundo maior juro real do mundo após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) decidir nessa quarta-feira (10) manter a taxa Selic em 15% ao ano.
O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses. Assim, segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais do país ficaram em 9,44%.
A primeira colocação do ranking continuou com a Turquia, que registrou uma taxa real de 10,33%. Em terceiro, está a Rússia, com juros reais a 7,89%.
Em relatório divulgado nesta quarta-feira, o MoneYou ressaltou que o Brasil ainda enfrenta incertezas inflacionárias, devido às preocupações com os gastos do governo.
Por outro lado, destacou que o índice de preços do país tem demonstrado alívio diante da queda global do dólar e do “menor ímpeto da atividade econômica”, consequência dos juros elevados.
A Argentina, que ocupava a 4ª posição do ranking com juro real de 5,16% na última medição da MoneYou, manteve a colocação em dezembro, mas com juro de 7,14%. Já o México aparece em quinto lugar, com juro de 4,21%.
Selic inalterada
Nessa quarta-feira, o Copom anunciou sua decisão de manter a taxa básica de juros inalterada na faixa de 15% ao ano. Com isso, a Selic segue no maior patamar em quase 20 anos — em julho de 2006, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a taxa estava em 15,25%. O anúncio dessa quarta-feira marca a quarta decisão seguida pela manutenção da Selic.
Juros nominais
Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira manteve a quarta posição.
Veja abaixo:
– Turquia: 39,50%;
– Argentina: 29,00%;
– Rússia: 16,50%;
– Brasil: 15,00%;
– Colômbia: 9,25%;
– México: 7,25%;
– África do Sul: 6,75%;
– Hungria: 6,50%;
– Índia: 5,25%;
– Indonésia: 4,75%.