Sábado, 11 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de setembro de 2016
O presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar, José Carlos Abrahão, defende planos de saúde acessíveis, mas mantendo direitos. Segundo ele, novos modelos precisam rever remuneração dos serviços, discutir se é viável incluir novas tecnologias e privilegiar a prevenção. “Quando você tem um sistema financeiro com dificuldade, diminuem os investimentos na saúde. E na saúde, você não gasta, investe. Este é um conceito que temos que ter. Perdemos 1,7 milhão de vidas, sem contar o downgrade nos planos”, diz ele.
Abrahão explica que quando a saúde suplementar teve início no País, o brasileiro tinha uma sobrevida de, no máximo, 65 anos, em um cenário de doença infectocontagiosa. Hoje, é de 80, 85 anos, e o perfil das doenças passou a ser degenerativo, um cuidado mais caro. “Estamos ficando mais velhos, e os serviços de saúde não se prepararam. O Brasil é muito grande, e já há operadoras de autogestão com usuários centenários. Nesse novo cenário, não oferecem mais só assistência médica, mas um conjunto de ações de prevenção”, completa.