Quinta-feira, 09 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de outubro de 2025
Os atletas do País somaram 44 medalhas, sendo 15 de ouro, 20 de prata e nove de bronze.
Foto: Cris Mattos/CPBO Brasil fez história neste domingo (5). Com desempenho excepcional, foi o campeão geral do Mundial de Atletismo Paralímpico. Os atletas do País somaram 44 medalhas, sendo 15 de ouro, 20 de prata e nove de bronze, terminando em primeiro lugar no quadro geral da competição, encerrada neste domingo, em Nova Déli, na Índia. Os chineses ficaram na segunda colocação, com 13 ouros, 22 pratas e 17 bronzes, com 52 no total.
Esta é somente a segunda vez na história que a China perde não lidera o quadro de medalhas nesta competição – a primeira havia sido há 12 anos, em Lyon 2013, quando o país vencedor foi a Rússia. Na ocasião, os chineses terminaram na sexta colocação.
Até então o melhor desempenho do Brasil nesta competição havia sido no ano passado, em Kobe. A seleção brasileira terminou na segunda posição do quadro geral de medalhas, somente atrás da China, com 42 pódios no total, sendo 19 com medalhas de ouro, 12 de prata e 11 de bronze.
No ano anterior, em Paris, o Brasil teve seu melhor desempenho em total de pódios na história, com 47 medalhas ao todo, sendo 14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes.
Os brasileiros subiram ao pódio em todos os dias da competição em Nova Déli e lideraram o quadro geral de medalhas desde o primeiro dia de provas – único período do Mundial em que a primeira colocação foi dividida com a China.
Neste domingo, o Brasil somou seis pódios, sendo três ouros, uma prata e dois bronzes. Destaque para a acreana Jerusa Geber, que conquistou a medalha de ouro na prova dos 200m T11 (deficiência visual), com o tempo de 24s88, o seu melhor na temporada. Foi o segundo ouro da velocista nesta prova, após o ouro também em Paris 2023.
De quebra, Jerusa se tornou a atleta brasileira, entre homens e mulheres, com maior quantidade de medalhas na história dos Mundiais. Ela atingiu a marca de 13 pódios na competição.
Outra brasileira envolvida nesta final, a potiguar Thalita Simplício obteve a medalha de bronze, com 25s97. A medalhista de prata foi a chinesa Liu Yiming, com 25s54.
Outro ouro foi conquistado pela paulista Zileide Cassiano, na prova do salto em distância T20 (deficiência intelectual), com a marca de 5,88m, sua melhor distância na temporada. Ela já havia sido campeã nesta mesma prova no Mundial de Kobe, em 2024, e vice-campeã em Paris, em 2023.
Na mesma final, a potiguar Jardênia Félix Barbosa terminou na quinta colocação, com 5,42m.
O Brasil também somou duas pratas: uma com a também potiguar Clara Daniele conquistou a medalha de prata na final dos 200m T12 (deficiência visual), com o tempo de 24s42, sua melhor marca na temporada. A vencedora da prova foi a venezuelana Alejandra Paola Lopez, que fez 24s20.
E outra com Maria Clara Augusto, na final dos 200m T47 (deficiência nos membros superiores), com o tempo de 24s77, o seu melhor na temporada – nas eliminatórias, ela havia feito 24s97, que era até então a sua prova mais rápida. Este foi o terceiro pódio da velocista de Natal (RN) em Nova Déli. Ela também obteve o ouro nos 400m e a prata nos 100m. Com isso, Maria Clara é a atleta do Brasil que mais subiu ao pódio neste Mundial.
Completando a lista, o catarinense Edenilson Floriani conquistou a medalha de bronze no arremesso de peso F42/F63 (deficiência nos membros inferiore), com a marca de 14,96m, novo recorde das Américas – o índice anterior, de 14,93m, também era do brasileiro.
É a segunda medalha de bronze de Edenilson em Nova Déli – também ficou na terceira colocação no lançamento de dardo.