Domingo, 26 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de junho de 2015
Mais de 115 mil vagas de trabalho com carteira assinada foram fechadas no País em maio, o pior resultado para o período desde 1992, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (19) pelo Ministério do Trabalho. Trata-se do quarto mês de queda no emprego neste ano, que, em função da retração da atividade de vários setores da economia, como indústria, comércio e construção civil, acumula um saldo negativo de quase 244 mil vagas formais.
Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), nos últimos 12 meses houve uma redução de 452,8 mil postos de trabalho no Brasil. O ministro Manoel Dias anunciou os números em Campo Grande (MS). O Estado teve o melhor desempenho na contratação de trabalhadores do País, com 534 vagas criadas.
O Estado com o pior saldo de empregos no mês foi São Paulo, onde 23 mil vagas foram extintas. No Rio Grande do Sul, que teve o segundo pior resultado, foram fechados 15,8 mil postos de trabalho.
Setores
A indústria de transformação foi o segmento que mais demitiu, com quase 61 mil vagas cortadas no mês passado. Todos os 12 ramos industriais sondados fecharam vagas. O setor de serviços foi responsável pela extinção de 32,6 mil vagas. Na construção civil, 29,8 mil postos foram encerrados e, no comércio, 19,3 mil. O único segmento que contratou no mês foi o agropecuário, por motivos sazonais. Foram 23,3 mil empregos criados no campo.
Avaliação
Dias afirmou que é preciso que se ajuste a economia para que haja retomada na criação de emprego e acredita em um segundo semestre melhor. “O FGTS já desembolsou 20 bilhões de reais, neste primeiro semestre, para o setor da habitação e saneamento básico. Esse recurso vai ajudar a recuperar os empregos na construção civil, que deve gerar mais de 1 milhão de novos postos ainda em 2015”, declarou. “A crise política levou muita gente a adiar seus projetos pessoais. A medida em que os ânimos se acalmam, o ritmo será retomado”, sustentou. (Folhapress)