Segunda-feira, 13 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de maio de 2020
O Brasil registrou 816 novas mortes por covid-19 neste sábado (16), totalizando 15.633. Até a última sexta-feira (15), eram 14.817 mortes notificadas. A letalidade, número de mortes pela quantidade de casos confirmados, da doença no país está em 6,7%.
De acordo com o boletim diário do Ministério da Saúde, o Brasil teve 14.919 novos casos confirmados e chegou ao total de 233.142. Até a sexta-feira, eram 218.223 infectados. Do total de casos confirmados, 127.837 (54,8%) estão em acompanhamento e 89.672 (38,5%) foram recuperados. Há ainda 2.304 mortes em investigação.
Desde o registro da primeira morte por covid-19 no país, passaram-se exatos 53 dias até que o número oficial de óbitos ultrapassasse a marca triste dos 10 mil. Foi no sábado passado (9).
Mas para que esse número subisse 50%, bastou uma única semana. Um salto de 50% em sete dias.
São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de mortes (4.688). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (2.614), Ceará (1.614), Pernambuco (1.461) e Amazonas (1.375).
Além disso, foram registradas mortes no Pará (1.199), Maranhão (524), na Bahia (286), no Espírito Santo (271), em Alagoas (199), na Paraíba (183), em Minas Gerais (150), no Rio Grande do Norte (136), Rio Grande do Sul (132), Paraná (123), Amapá (108), em Santa Catarina (81), Goiás (69), Rondônia (69), no Piauí (65), Acre (59), Distrito Federal (56), em Sergipe (53), Roraima (49), Mato Grosso (27), no Tocantins (27) e em Mato Grosso do Sul (15).
Em número de casos confirmados, o ranking tem São Paulo (61.183), Ceará (23.795), Rio de Janeiro (21.601), Amazonas (19.677) e Pernambuco (18.488). Entre as unidades da Federação com mais pessoas infectadas estão ainda o Pará (13.184), Maranhão (11.592), a Bahia (8.314), o Espírito Santo (6.595) e Santa Catarina (4.678).
Lockdown no Pará
O governo do Pará estendeu por mais uma semana a validade das medidas que restringem a circulação de pessoas e impedem o funcionamento de serviços não essenciais em Belém e outras nove cidades do estado.
A decisão foi anunciada pelo governador Helder Barbalho, na sexta-feira. Com a medida, o chamado lockdown, em vigor desde o último dia 7, e que seria suspenso neste domingo (17), passa a valer até o próximo dia 24.
Em um vídeo divulgado pelas redes sociais, Barbalho declarou que o rigor é necessário para tentar elevar o índice de adesão ao isolamento domiciliar, que na quinta-feira (14) era de 49,11% em todo o estado – percentual bem abaixo do mínimo de 70% que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda para países tentarem conter o avanço do novo coronavírus e, assim, reduzir o número de casos da covid-19 e a consequente pressão sobre o sistema de saúde.
Além da capital, Belém, a medida é válida para as cidades de Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara do Pará, Santa Izabel do Pará, Castanhal, Santo Antônio do Tauá, Vigia de Nazaré e Breves. No mesmo vídeo, o governador explicou os critérios da escolha.
“Optamos pela estratégia do isolamento social para, de forma preventiva, proteger nossa população. E instituímos o lockdown em dez municípios cujas médias de pessoas infectadas são 50% maior que a média do estado”, comentou Barbalho, assegurando que, com a implementação das regras mais rígidas de isolamento, só em Belém, após o governo estadual decretar o lockdown, 53 mil pessoas além do total que vinha sendo registrado anteriormente permaneceram em suas casas. Em todo o estado, segundo Barbalho, mais de 186 mil pessoas tiveram que deixar de sair às ruas.
“Nossa união tem permitido a luta contra o coronavírus. O esforço de ficar em casa, de empresas que estão tendo prejuízos nas suas atividades econômicas, tudo isto tem sido necessário para que possamos salvar a vida da nossa população e diminuir isto que já está sendo tão dramático, com tantas vidas perdidas e com tanta gente infectada”, acrescentou Barbalho.
De acordo com o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, ontem, o Pará tem 12.109 casos da covid-19, que já matou 1.145 pessoas em todo o estado. Por estes números, o índice de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes é o mais alto da região Norte, 13,3.
O enfrentamento ao vírus tem sérios reflexos para a economia e o mercado de trabalho. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a taxa de desemprego no estado chegou a 10,6% da população economicamente ativa no primeiro trimestre deste ano. No país, a taxa de desocupação no período foi de 12,2% – 1,2 pontos percentuais superior aos 11% registrados no quarto trimestre de 2019.