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Por Redação O Sul | 27 de fevereiro de 2024
Desde o início de janeiro, o Brasil já registrou 920.427 casos prováveis de dengue. O País contabiliza ainda 184 mortes confirmadas pela doença e 609 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência da dengue no Brasil, neste momento, é de 453,3 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, divulgados nessa terça-feira (27) pelo do Ministério da Saúde
Entre os casos prováveis, 55,3% são de mulheres e 44,7% de homens. A faixa etária dos 30 aos 39 anos segue respondendo pelo maior número de casos de dengue no país, seguida pelo grupo de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos.
Já no ranking dos Estados, Minas Gerais lidera em número absoluto de casos prováveis (311.333). Em seguida aparecem São Paulo (161.397), Distrito Federal (98.169) e Paraná (94.361). O Rio Grande do Sul tem 13.737 casos prováveis, segundo a pasta.
Quando se considera o coeficiente de incidência, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar (3.484,8 casos por 100 mil habitantes), seguido por Minas Gerais (1.515,8), Acre (828,7) e Paraná (824,6).
Na avaliação do vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, André Siqueira, a situação no Brasil é preocupante.
“A gente está atingindo, muito cedo, o número recorde de casos, e ainda com tendência de aumento. Então a gente vê diversos estados, diversas regiões sendo afetadas por um aumento expressivo nos casos de dengue. E a gente sabe que isso vem acompanhado de sobrecarga nos serviços de saúde e uma proporção de pacientes que agravam e tem risco de complicações e óbitos”, afirmou o especialista em entrevista à Rádio Nacional.
Dobro de casos
O Brasil poderá ter neste ano o dobro de casos de dengue que foi registrado em 2023. No ano passado, a soma de casos no ano foi de 1.658.816.
“Há um aumento efetivo do número de casos muito elevado, há um padrão atípico nesse início de ano. A gente já tem uma avaliação de que é possível que nós venhamos a ter o dobro de casos do ano passado por esse histórico de já ter tido um aumento em 2023 e pelos fatores de mudança climática e a circulação de mais de um sorotipo de dengue”, disse nessa terça-feira a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
No entanto, os indicadores de letalidade estão mais baixos neste ano do que em 2023, segundo dados apresentados pelo Ministério da Saúde. “Em 2023 houve menos casos graves, mas mais óbitos até este momento”, explicou a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel.
O grupo que mais está adoecendo em 2024 é na faixa etária entre 20 e 49 anos. Os casos graves se concentram na faixa acima de 70 anos. As informações são da Agência Brasil.