Domingo, 28 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de dezembro de 2025
O excesso de calor, como o que vem sendo registrado em várias regiões do Brasil, está diretamente ligado a uma série de problemas de saúde. Temperaturas muito altas sobrecarregam o organismo, que precisa trabalhar mais para manter a temperatura interna estável. Esse esforço extra pode afetar principalmente crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas, mas qualquer indivíduo pode ser impactado em situações de calor extremo.
Em ondas de calor prolongadas, o corpo perde mais água e sais minerais por meio do suor. Quando essa perda não é compensada com hidratação adequada e ambientes ventilados, surgem sintomas como cansaço intenso, tontura e dor de cabeça. Em cenários mais graves, o calor excessivo pode levar a quadros de emergência médica, exigindo atendimento rápido para evitar complicações maiores.
Como o calor excessivo afeta o corpo humano?
A palavra-chave central nesse tema é calor excessivo, que se refere a temperaturas elevadas por vários dias, muitas vezes associadas a alta umidade e pouca ventilação. Nessa condição, o mecanismo natural de resfriamento do corpo, que é o suor, passa a ser menos eficiente. Quando o ar já está muito úmido, o suor não evapora com facilidade e o corpo tem dificuldade para eliminar o calor interno.
Esse desequilíbrio térmico pode levar à desidratação e à hipertermia, quando a temperatura corporal sobe acima do normal. O coração precisa bombear mais sangue para a pele, tentando dissipar o calor, o que aumenta a demanda sobre o sistema cardiovascular. Em pessoas com hipertensão, problemas cardíacos ou respiratórios, esse esforço adicional pode desencadear crises e agravar doenças pré-existentes.
Além disso, o calor intenso também interfere na qualidade do sono, na disposição para atividades diárias e na capacidade de concentração. Em ambientes urbanos, com muito asfalto e concreto, o chamado “efeito ilha de calor” faz a temperatura ficar ainda mais alta, principalmente à noite, prolongando a exposição do organismo a condições adversas.
Quais são os principais riscos do calor extremo para a saúde?
Entre os riscos associados a uma onda de calor extremo, os quadros mais frequentemente mencionados por profissionais de saúde incluem:
Desidratação: perda excessiva de líquidos e sais minerais, podendo causar boca seca, tontura, fraqueza e queda de pressão;
Exaustão pelo calor: cansaço intenso, suor em excesso, náuseas, dor de cabeça e sensação de desmaio iminente;
Intermação (golpe de calor): elevação grave da temperatura corporal, geralmente acima de 40 ºC, com pele quente e seca, confusão mental e risco de dano a órgãos;
Agravamento de doenças crônicas: piora de quadros cardíacos, respiratórios, renais e metabólicos, como diabetes;
Problemas de pele: queimaduras solares, brotoejas e irritações causadas pelo suor constante e pela exposição ao sol.
O que fazer para se proteger do calor excessivo?
Para reduzir os impactos do calor intenso sobre a saúde, especialistas indicam um conjunto de medidas simples, mas eficazes, que podem ser incorporadas à rotina. A hidratação é uma das principais estratégias, assim como a escolha de roupas leves e a organização dos horários de atividades ao ar livre.
Beber mais água ao longo do dia: mesmo sem sentir sede intensa, é recomendada a ingestão frequente de água. Chás claros e água de coco também podem ajudar na reposição de líquidos.
Evitar exposição ao sol nos horários mais quentes: entre 10h e 16h, a radiação solar costuma ser mais forte. Quando possível, atividades físicas devem ser feitas em horários mais frescos.
Usar roupas adequadas: peças leves, de cores claras e tecidos que permitam a ventilação, como algodão, ajudam na transpiração e no equilíbrio térmico.
Manter ambientes ventilados: abrir janelas, usar ventiladores e, quando disponível, ar-condicionado em temperatura moderada contribui para diminuir o desconforto térmico.
Cuidar de grupos vulneráveis: observar sinais de mal-estar em crianças, idosos e pessoas com limitações de mobilidade, oferecendo água, sombra e descanso sempre que necessário. Com informações do portal Terra.