Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 4 de abril de 2023
A maioria dos parques eólicos do País está na Região Nordeste
Foto: Ari Versiani/PACO Brasil tem 890 parques eólicos instalados em 12 Estados. Esses empreendimentos somam GW (25,04 gigawatts) de capacidade instalada em operação comercial, que beneficiam 108,7 milhões de habitantes.
Desse total, 85% estão na Região Nordeste. No Rio Grande do Sul, há 80 parques eólicos, segundo o governo do Estado.
De acordo com a Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), até 2028 o Brasil terá 44,78 GW de capacidade instalada desse tipo de energia, cuja participação na matriz nacional atinge, atualmente, 13,2%. A eólica já responde atualmente por 20% da geração de energia que o País precisa.
No ano passado, o setor bateu recorde de 4 GW instalados e, para este ano, a presidente-executiva da Abeeólica, Elbia Gannoum, espera atingir novo recorde, superando esse número. “Encerrando 2023, estaremos com 29 GW de capacidade instalada. Essa é a nossa previsão em termos de potência, e isso é superior a R$ 28 bilhões, porque cada gigawatt de eólica instalada é da ordem de R$ 7 bilhões”, disse Elbia.
Outro levantamento feito pela entidade mostra o desenvolvimento econômico-social gerado pela energia eólica. No Nordeste, por exemplo, o PIB (Produto Interno Bruto) das cidades onde os parques eólicos foram instalados cresceu 21%, e o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) aumentou 20%. Outro dado significativo é que a cada real investido em energia eólica são devolvidos R$ 2,9 para a economia.
O Brasil ocupa, desde 2021, a sexta posição no ranking mundial em capacidade instalada de energia eólica. Os dois primeiros colocados são a China e os Estados Unidos.
De 2011 a 2020, foram feitos investimentos de US$ 35,8 bilhões no setor eólico no Brasil. Segundo a Abeeólica, para cada megawatt instalado, são criados 10,7 empregos. No período de 2011 a 2020, foram gerados quase 190 mil empregos no setor.
Dos 890 parques instalados no País, 130 projetos tiveram financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) desde 2005.