Quinta-feira, 22 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 4 de julho de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Sabemos bem que “a propaganda é a alma do negócio”, porém, para que o ditado funcione, a entrega dos resultados precisa estar atrelada a um bom produto ou serviço prestado.
Embora nos últimos anos o governo brasileiro tenha utilizado bastante a frase “Brasil, um país de todos”, o que vemos de resultados entregues, na realidade, foi um verdadeiro desastre. Quem são esses “todos” de que fala o slogan?
A verdade é que o brasileiro está cansado de ser enganado pelos políticos e de seguir pagando uma conta que parece não ter fim.
Quando olhamos os números da corrupção, é assustador ver que poucas pessoas surrupiaram fortunas dos cofres públicos, aproveitando-se de impostos que poderiam muito bem ter salvado vidas, melhorado a educação, investindo em saúde e principalmente na nossa caótica segurança.
Segundo investigações da Polícia Federal, que em quatro anos realizou mais de 2.000 operações, cerca de R$ 123 bilhões foram desviados dos impostos que cada um de nós é obrigado a pagar. Apenas na operação Greenfield, que investigou os fundos de pensão na Petrobras, mais de R$ 53 bilhões foram retirados somente dessa estatal.
Quem está se beneficiando do dinheiro que pagamos via impostos? Quem são os que defendem o Estado como promotor do desenvolvimento por meio de empresas estatais e que são absolutamente contra as privatizações? O que você ganha com empresas mal geridas pelo Estado? É você quem ganha ou são os sindicatos, a elite de funcionários públicos e corporações que prezam pelo capitalismo do toma lá, dá cá? Afinal, quem ganha? Não custa lembrar que o eventual lucro não vem para você, mas o prejuízo dessas empresas estatais se transforma em aumento de impostos.
A triste verdade é que no Brasil o crime compensa. Se analisarmos as leis e os inúmeros recursos que um criminoso pode requerer em sua defesa, no final da história, o preço a ser pago é muito baixo comparado aos benefícios e retorno financeiro de que o contraventor se apropriou.
Devemos ter cuidado para não seguir acreditando apenas em discursos; é preciso enxergar a verdade que está por trás dos bastidores. Nunca antes na História deste país se roubou tanto de pessoas que não têm nem o básico em educação e saúde. Já sabemos que não temos um país de “todos” e que são poucos que enriquecem à custa de todos. Mas, afinal, quem ganha com um Estado gigantesco, ineficiente e interventor?
Fabio Steren – Consultor em Segurança, Empresário e Associado do IEE
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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