Domingo, 09 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de janeiro de 2016
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no Acre divulgou esta semana a história do ex-seringueiro José Coelho de Souza, que teria 131 anos. Segundo a certidão de nascimento, ele nasceu em 10 de março de 1884, na cidade de Meruoca (CE). Morador da comunidade Estirão do Alcântara (AC), Souza teve que comprovar que ainda estava vivo para continuar recebendo a aposentadoria.
Quando foi feita a visita do INSS à casa do aposentado, ele teria 129 anos, porém, a história só repercutiu após uma postagem do gerente da agência central do INSS em Rio Branco, Kennedy Afonso, em sua página pessoal no Facebook. “Os órgãos de controle externo cobram a comprovação de vida de pessoas seguradas com mais de 90 anos. Antigamente, as pessoas precisavam ir nas agências para essa atualização, mas agora o INSS faz isso e acabamos encontrando Souza. Um servidor de Sena Madureira foi no local e comprovou que ele ainda está vivo”, explica.

Carteira de trabalho de Souza também registra o ano de nascimento em 1884 (Foto: Reprodução)
A filha do aposentado, Cirlene Souza, de 30 anos, não só confirmou que o pai ainda está vivo, como também lembrou que quando ela nasceu ele já tinha 101 anos. Pai de três filhos, ele mora com a esposa de 62 anos e uma neta de 16 anos, que cria como filha.
“Tem dias que ele está lúcido, mas outros não reconhece nem mesmo os filhos. Ele era muito pequeno quando veio para o Acre, veio trabalhar na extração de borracha em uma colocação acima de Sena Madureira. Ele está com a minha mãe há mais de 40 anos e hoje depende da gente para tudo”, conta a filha.
Questionada se muita gente duvida da idade do aposentado, ela diz que a desconfiança, por vezes, chega até a ser ofensiva.”A gente ouve de tudo. Tem gente que critica, que diz que a gente está mentindo, outros admiram o fato dele viver tanto. Às vezes ofende porque está tudo registrado, os documentos dele já passaram por perícia para saber se eram falsificados e nada de anormal foi encontrado. Está tudo registrado em cartório e fórum”, destaca.
Há seis anos, segundo Cirlene, o pai teve um AVC e, por isso, não se locomove mais sem a ajuda de outras pessoas. A filha também conta que Souza já não escuta mais. “Tem muitos cuidados especiais, ele só se movimenta se a gente fizer isso por ele. Todo o tratamento que ele precisa é a gente que tem que fazer”, conta.
Cirlene diz ainda que José Souza se alimenta três vezes ao dia e tem preferência por arroz, peixe e carne. “Carne é a comida preferida dele. Só não gosta de feijão”, diz.