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Ciência Brasileiro desconhece que oceanos são pulmão do mundo, diz estudo exibido na Conferência da ONU

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A pesquisa buscou mapear o engajamento dos brasileiros com a vida marinha no início da Década dos Oceanos, que começou em 2021 e vai até 2030.

Foto: Reprodução
Países assinam acordo histórico para proteger oceanos. (Foto: Reprodução)

Metade dos brasileiros acredita que os oceanos impactam sua vida diretamente e 72% dizem que a poluição, o lixo e os esgotos afetam os ambientes marinhos. O segundo dano, citam, vem da pesca irregular e dos vazamentos dos navios.

Esses dados fazem parte do estudo “Oceanos sem mistérios: a relação dos brasileiros com o mar”, que pretendeu analisar como a sociedade brasileira entende a influência dos oceanos em seu cotidiano.

O estudo foi encomendado pela Fundação Grupo Boticário, Unesco e Universidade Federal de São Paulo e feito pelo instituto do Paraná Zoom Inteligência em Pesquisas. Foi divulgado por ocasião da Conferência da ONU pelos Oceanos, que acontece esta semana, em Lisboa.

A pesquisa buscou mapear o engajamento dos brasileiros com a vida marinha no início da Década dos Oceanos, que começou em 2021 e vai até 2030. A ideia era também entender o grau de conhecimento da população sobre os ambientes marinhos e identificar se está disposta a novos hábitos em favor da saúde dos mares.

Quando mencionam qual é o impacto direto dos oceanos, 14% da amostra se referem à poluição. Em segundo lugar, os entrevistados pensam em alimentação (12%) e 8% em mudança climática. Só 4% citam oxigênio – apesar de os oceanos responderem por 50% do oxigênio que respiramos.

Além de demonstrar que há desconhecimento ao fato de o oxigênio vir principalmente das algas marinhas, a pesquisa também indicou que as pessoas ignoram que o tecido colocado na máquina de lavar impacta a qualidade da vida nos mares e que o oceano abriga a maior biodiversidade do planeta.

A atuação do Brasil na busca para conservação dos oceanos é percebida de forma negativa por 41% dos entrevistados, sendo as três esferas de governo vistas como as principais responsáveis por medidas de proteção.

Ao serem consultados sobre se as ações dos entrevistados afetavam os oceanos, 34% responderam que sim, diretamente, mas 40% indicaram acreditar que não impactam em nada a vida marinha. Para 45% dos entrevistados, o descarte incorreto do lixo oferece a maior ameaça, enquanto a poluição é apontada dessa forma por 21% dos ouvidos. Outros 2% também citam a compra de produtos.

De uma resposta que variava de zero a dez, sendo zero em nada dispostos a mudar hábitos pelo bem dos oceanos, a resposta foi alta – uma média de 8,3 para alterar comportamentos em prol da saúde da vida marinha.

Enquanto o turismo e o clima do planeta são mais relacionados ao oceano em perguntas estimuladas, a agropecuária e a desigualdade são associadas de forma reduzida.

Entre março e abril, foram feitas 2 mil entrevistas com homens e mulheres com idades entre 18 e 64 anos, de todas as classes sociais, nas cinco regiões geográficas. A idade média dos homens e mulheres ouvidos é de 41 anos.

Os brasileiros do Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) responderam por 43% da pesquisa. A quase totalidade – 97% dos ouvidos – não trabalha com atividades relacionadas ao mar. Entre as mais citadas pelos outros (3%), mencionaram-se o turismo e a pesca.

Foram pesquisados moradores de 38 cidades, sendo que 62% vivem nas capitais e 41% em cidades litorâneas. Da amostra, 92% disseram ter esgoto e saneamento básico na moradia. A margem de erro é de 2,2% para um nível de confiança de 95%.

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