Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 4 de julho de 2020
O rapaz de 29 anos que está desaparecido há um mês em Salt Lake City, nos Estados Unidos, enviou mensagens ao pai dizendo que estava sendo perseguido. O Portal G1 teve acesso aos prints das conversas que Renan Feliciano teve com o pai no dia 5 de junho, momentos antes de sumir.
No texto, o morador de Sorocaba (SP) disse que teve os pertences roubados e que estava somente com uma calça e uma camiseta. “Tentei chegar no aeroporto para ligar para você, porque o celular estava cortado. No caminho, me roubaram e me deixaram somente com a roupa do corpo”, escreveu.
Em seguida, o jovem explicou que conseguiu recuperar parte dos pertences, inclusive o celular. Segundo ele, a carteira e o passaporte foram achados dentro de um trailer e uma pessoa foi presa suspeita do crime. Porém, Renan contou que, depois disso, um grupo passou a persegui-lo.
“Todo lugar que eu andava, ouvia dizerem ‘é ele, é ele’. Onde eu ia, via pessoas apontando para mim e aí procurei um posto, porque estava com medo de me matarem.” Nas mensagens, o rapaz disse ainda que estava a caminho da cidade de Provo. “É o mais longe que posso ir, mas tenho certeza que vão atrás de mim”, comentou. “Esses desgraçados querem me matar. Não fui eu quem chamou a polícia, não me envolvi com eles”, desabafou.
Entenda o caso
O pai de Renan, Emerson Feliciano, explicou ao G1 que o rapaz se mudou para o exterior em 2015 junto com a família, mas, em 2019, quando todos voltaram para o Brasil, ele resolveu ficar e construir uma vida no país.
“Ele estava se tratando para a depressão, mas estava bem, tinha um apartamento e um emprego. Então, em outubro de 2019, nós simplesmente perdemos contato com ele”, lembra.
A família chegou a contratar detetives particulares, mas sem sucesso. Até que, em março de 2020, um amigo que também mora em Salt Lake City entrou em contato e informou que Renan estaria trabalhando em uma concessionária de veículos.
O rapaz apareceu e voltou a manter contato frequente com a família. No entanto, em junho, depois de 20 dias sem dar notícias, ele falou com o pai pela última vez. “Desde o dia 6 de junho, não temos mais informações dele, não sabemos onde está, se está bem ou não”, diz Emerson. Em nota, o Palácio do Itamaraty informou que está prestando toda a assistência consular legal e materialmente possível à família do cidadão brasileiro.