Domingo, 05 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de dezembro de 2022
Agentes do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) de Portugal prenderam na quarta-feira (21) um brasileiro procurado pela Interpol (a polícia internacional. Leonardo Eustáquio Arcanjo, de 45 anos, estava condenado a 15 anos e 6 meses de prisão por homicídio qualificado em Minas Gerais.
A detenção de Arcanjo, conhecido como Leo Sapinho, ocorreu após ele ser identificado por agentes do SEF que se passaram por pessoas sem-teto. Os policiais disfarçados conseguiram confirmar que o foragido vivia na região da Mouraria, na capital portuguesa. Ele foi capturado na Praça Martim Moniz, em Lisboa.
Arcanjo era procurado pelas autoridades brasileiras desde o ano de 2019. Ele foi condenado no 1° Tribunal do Júri de Belo Horizonte por um homicídio que “teria sido praticado por motivo torpe, ou seja, vingança, bem como através de utilização de recurso que impossibilitou a defesa do ofendido”.
De acordo com o SEF, Arcanjo foi levado para se apresentar no Tribunal da Relação de Lisboa “para aplicação das medidas de coação que permitam a sua extradição para o país de origem”.
Foragido preso em Miami
Em outro caso, ocorrido em abril deste ano, o Serviço de Imigração dos Estados Unidos da América (EUA) prendeu, em Miami, nos EUA, o carioca, Marcelo Henrique Negrão Kijak, foragido há 20 anos, que se encontrava na lista de Difusão Vermelha da Interpol a pedido da Justiça brasileira. A prisão foi possível por meio de informações passadas pela Polícia Federal.
O preso, natural do Rio de Janeiro, é acusado de ser responsável por um acidente de trânsito, ocorrido em 2003, na Barra da Tijuca, que resultou na morte de três jovens: Fabrício, Mariane e Juliane. O caso teve bastante repercussão na época e ganhou notoriedade no país quando o pai de uma das vítimas, Fernando Diniz, criou a organização não governamental, Trânsito Amigo, que luta pela conscientização dos motoristas e contra a impunidade nos crimes de trânsito, com papel decisivo na aprovação da Lei 11.705/08, a chamada Lei Seca.
Marcelo Kijak além de trafegar acima da velocidade permitida, dirigindo em zigue-zague, havia usado substância psicoativa. Os três jovens tinham pego uma carona com Kijak que praticava um racha. O carro bateu num poste e capotou. O motorista nada sofreu.
A localização e prisão do acusado foram realizadas pelas autoridades americanas graças à atuação conjunta dos policiais federais do Núcleo de Capturas Internacionais da Polícia Federal com apoio do Núcleo de Cooperação Policial Internacional no Rio de Janeiro.
No ato da prisão, no Aeroporto de Miami, Marcelo Kijak portava passaporte israelense com outro nome e embarcava em voo para Israel, país para o qual fugiu, logo após o crime, e adquiriu nacionalidade na tentativa de permanecer foragido da justiça brasileira. As informações são do jornal O Globo e da Agência Brasil.