Viagem e Turismo Brasileiros trocam viagens ao exterior por hotéis de luxo no Brasil

Hotel Kenoa Beach Spa & Resort é um dos mais procurados em Alagoas. Crédito: Reprodução

Desde o começo deste ano os hotéis brasileiros andaram mais vazios, apelando para as promoções, para tentar atrair hóspedes. Mas a alta do dólar fez com que não sobrasse quarto em um determinado tipo de hotel no País. O saguão de um hotel localizado em São Paulo, por exemplo, vivia cheio. E 70% dos hóspedes fazem negócios com as montadoras de automóveis. Mas eles desapareceram. “Estão praticamente todas em férias coletivas, e isso impactou bastante o nosso mercado aqui de hospedagem”, diz o gerente comercial Marcos Buonomo. Empresários cortaram viagens de funcionários e cancelaram eventos de negócios, no país inteiro. O movimento no primeiro semestre caiu 25%, em média, na comparação com os últimos cinco anos. A cidade de São Paulo – por ser o principal centro econômico do País – sofreu menos com a economia de cada empresa.

Em Belo Horizonte, a queda foi de 30%. A cidade inaugurou 37 hotéis no ano passado. O número de leitos pulou de 8 mil para 13,5 mil. Não foi bom. A ocupação caiu de 63% para 44%.
Se, com desconto, os quartos estão vazios, imagina quem não dá desconto e onde as diárias normalmente já são mais caras. Esses lugares estão ficando cheios. Em Campos do Jordão (SP), por exemplo, os hotéis mais baratos passaram o mês de julho cheio de vagas – já os de alto padrão ficaram lotados.

Hotéis de luxo estão em alta.

Não é contradição. Foi uma mudança de planos provocada pela alta do dólar. A advogada Ana Paula Cortez ia levar os filhos para a Disney (Estados Unidos). Mas fez as contas e preferiu ficar em um hotel bom, em um lugar bonito, com parque para as crianças e champanhe no jardim. Mas pagando em real.
Considerando a grande opção de hotéis de luxo no País, muitas pessoas têm optado por alterar o destino de férias e investir em pacotes nacionais, principalmente nos litorais do Nordeste e Sul do País.

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