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Brasil Bruxismo do deputado Marco Feliciano, que teria custado 157 mil reais aos cofres públicos, afeta milhões de brasileiros e prejudica o sono

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(Foto: Divulgação)

O bruxismo caiu na boca do povo depois da notícia de que o deputado Pastor Marco Feliciano (Podemos-SP) solicitou à Câmara um reembolso de R$ 157 mil para cobrir gastos referentes a um tratamento odontológico.

A doença é caracterizada pelo hábito de ranger ou apertar os dentes durante o sono. A tensão muscular pode provocar dores de cabeça e nos músculos do rosto, desgaste e amolecimento dos dentes.

Nos casos mais graves, podem ocorrer também problemas ósseos, na gengiva e na articulação da mandíbula. A doença também afeta a qualidade do sono por provocar microdespertares durante a noite.

O bruxismo acomete entre 8% e 12% dos adultos no Brasil. Nas crianças, o número pode chegar a 20% e até 5% dos idosos, segundo Cibele Dal Fabbro, vice-presidente da Associação Brasileira de Odontologia do Sono.

O pedido de reembolso do parlamentar foi apresentado em abril à área de perícia da Câmara, mas foi rejeitado pela equipe técnica. Na avaliação do setor, havia uma incompatibilidade entre os valores apresentados e os preestabelecidos pela Casa, além de problemas na descrição de parte dos procedimentos. Com um laudo de seu dentista, Feliciano recorreu da decisão. A Mesa Diretora, formada por sete parlamentares, acabou aprovando o gasto.

Todo deputado tem um plano médico ligado à Caixa Econômica Federal. Tanto despesas com serviços médicos quanto odontológicos podem ser reembolsadas. Desde 2013, a Câmara passou a autorizar quase que automaticamente despesas de até R$ 50 mil. Valores acima disso têm de passar por aprovação da Mesa Diretora, que pode aprovar qualquer quantia. No ano passado, a Câmara desembolsou R$ 8 milhões em reembolso médico aos parlamentares.

O deputado afirmou que, além do tratamento odontológico, já passou por uma cirurgia oftalmológica e, recentemente, uma de hérnia. “Este é o meu terceiro mandato e nunca antes precisei da ajuda do Parlamento para poder fazer uma cirurgia. Era jovem ainda quando comecei a trabalhar. Mas envelheci e, com a velhice, vêm as doenças”, disse ele.

“Não há crime”, diz deputado

O deputado reconheceu que o valor do seu tratamento ficou “caro”, mas disse que encontrou orçamentos mais onerosos para os cofres públicos. “É um tratamento caro, mas foi para saúde, e não para estética. Foi para poder trabalhar. Como sou empregado, e onde trabalho há esta alternativa, eu precisava do tratamento”, afirmou. “Não há crime.”

Feliciano passou pelo tratamento odontológico em uma clínica em Luziânia (GO), a 47 quilômetros de Brasília. “Esse é o procedimento mais avançado que a gente poderia gastar em odontologia. A gente quase que troca toda a boca da pessoa, sabe?”, disse o cirurgião-dentista Max Barbosa. Responsável pelo tratamento, ele afirmou em sua conta no Facebook que, como “dentist designer” e “mestre em implantes”, é “reconhecido por criar trabalhos únicos”.

 

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