Segunda-feira, 17 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de novembro de 2015
Quem passa por Molenbeek Saint-Jean se sente mais em um país do norte da África do que na Europa, tamanha a quantidade de passantes trajando longas túnicas até os pés e de mulheres usando o hijab (tipo de véu das muçulmanas) a circular pelas ruas do bairro, onde se veem lojas de produtos árabes e comida halal.
Os moradores desse bairro na zona oeste de Bruxelas são basicamente imigrantes, em sua maioria islâmicos. Após os atentados de Paris, o ministro do Interior belga, Jan Jambon declarou que está pronto para “fazer uma limpeza na área”.
Três dos autores dos atentados de sexta (13) em Paris moravam em Molenbeek – dois franceses e um belga. Desde o último final de semana, a polícia faz buscas no bairro. A presença de policiais armados e de cães farejadores é maciça na região.
Os jovens da região têm medo da estigmatização. Um deles, que preferiu guardar o anonimato, diz que, “para muitos, Molenbeek é considerada a área perigosa de Bruxelas, bastião do islamismo, dominada pelo radicalismo. Mas que retórica é essa? A maioria dos moradores daqui é tranquila”, defendeu o morador.