Por Redação O Sul | 18 de novembro de 2016
Na expectativa de um futuro que chega cada vez mais rápido, especialmente no mundo dos negócios, a CDL Porto Alegre realizou debate, na tarde desta quinta-feira (17), com o objetivo de traçar um parâmetro dos negócios e elencar ações práticas para os lojistas. O Business Meeting – Cenários 2017 reuniu importantes empresários do varejo gaúcho e especialistas nas áreas política, econômica e tecnológica no Teatro CIEE, na Capital.
Ao saldar o público presente, o presidente da CDL POA, Alcides Debus, salientou que a ideia do evento é proporcionar embasamento sobre as melhores alternativas para empreendimentos, com foco no varejo. “Para isso, oferecemos uma imersão sobre os principais temas que impactam diretamente nos negócios. A partir da expertise de lojistas expressivos e das análises de especialistas, procuraremos traçar um panorama para o próximo ano”, destaca Debus.
O primeiro palestrante a subir no palco foi o economista da Boa Vista SCPC, Flávio Calife, que realizou uma análise da atual situação financeira do país. “Apesar de alguns indicadores já sinalizaram uma melhora, ainda não podemos ver este reflexo no dia a dia. O grande problema da economia brasileira são os índices que atingiram o mercado de trabalho. Além da renda, que começou a cair muito. Mas acredito que o os índices de desemprego diminuam a partir do ano que vem, e isso será determinante para a retomada do comércio”, prospectou o especialista.
Exemplo de perseverança em tempos difíceis, o presidente das Lojas Quero-Quero, Peter Furukawa, dividiu com o público as ações realizadas em 2016 e seus planos para os próximos 12 meses. “Em 2016 basicamente trabalhamos na busca de fazer mais com menos. E agora queremos fazer muito mais com menos em 2017. Procuramos testar inovações que serão implementadas m breve. Além disso, investimos mais em marketing para otimizar nossas promoções e estamos em busca de resolver o problema da inadimplência de forma mais prática”, avalia Furukawa.
Sobre a esfera pública, o cientista político Fernando Schüller levantou temas como o Brasil pós-impeachment, a PEC 241, as reformas políticas e da previdência, as novas administrações municipais e os impactos globais da eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. “Superamos bem o processo de impeachment e acredito que o ano vai terminar bem para o governo. Não digo que sairemos da crise, mas para analisar a política hoje temos que passar pela turbulência e pensar no logo e médio prazo. A minha impressão é de que o presidente Temer tem um time com um foco claro e tenta fazer o que eu chamo de uma espécie de experiência parlamentarista. Conduzindo um programa de reforma muito focado, com determinação, acredito que vamos viver tempos melhores”, destacou.
Já o diretor-executivo da B2W (Americanas.com, Shoptime.com, Submarino.com e Soubarato.com), Vinicius Pessin, falou sobre as transformações do e-commerce no Brasil e adiantou tendências como a robotização de empresas de distribuição, amparada por alternativas tecnológicas como o social delivery (entregas estilo Uber), drones e carros autônomos. “O comércio eletrônico ainda cresce em proporções descoladas da situação financeira do país. No Brasil, 20% das vendas pela internet se dão por meio do Market Place. Este conceito tem transformado o mundo é será o nome do jogo para 2017”, previu Pessim.
No encerramento, o presidente da Lojas Colombo se reuniu aos palestrantes e com o presidente da CDL POA, Alcides Debus, para um painel com dicas para os lojistas mediado pelo vice-presidente de Marketing e Relações Internacionais, José Roberto Resende. “Hoje estou completando 69 anos no varejo e já passei por muitas crises econômicas. Meu conselho é que não se deixe de investir nunca. Este ano, apesar da crise, nós inauguramos mais duas unidades, uma em Pontal (PR) e outra em Itajaí (SC). Estamos sempre buscando alternativas para crescer e aumentar as nossas vendas”, salientou Colombo.
