Por Redação O Sul | 6 de abril de 2022
As folhas dos cadernos foram preenchidas em 1837
Foto: Universidade de Cambridge/DivulgaçãoDois cadernos do naturalista Charles Darwin foram devolvidos anonimamente à biblioteca da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, após passarem 21 anos desaparecidos.
A instituição informou na terça-feira (05) que eles foram deixados no chão em uma área pública do prédio. Estavam dentro de uma sacola rosa sem qualquer sinal de dano, acompanhados de um bilhete datilografado desejando uma “Feliz Páscoa” ao bibliotecário.
As folhas dos cadernos com capa de couro foram preenchidas em 1837, após Darwin retornar de uma viagem no navio HMS Beagle. Os volumes contém ideias pioneiras sobre evolução humana e o famoso esboço da “Árvore da Vida” do biólogo britânico. Ambos foram avaliados em milhões de libras.
A Universidade de Cambridge listou pela primeira vez os cadernos como desaparecidos em 2001, depois que eles foram retirados de uma sala que abriga coleções especiais para serem fotografados. A princípio, funcionários imaginaram que os itens teriam sido incorretamente arquivados em outra seção da biblioteca, que contém cerca de 10 milhões de livros, mapas e manuscritos.
Em 2020, uma verdadeira força-tarefa foi montada para buscar pelos cadernos no local, sem sucesso. Depois disso, o caso foi registrado como um possível furto na polícia e os itens foram listados no banco de dados de obras de arte roubadas ou furtadas da Interpol.
Para celebrar o final feliz da história, a universidade decidiu que os cadernos serão expostos ao público durante o próximo verão, que começa no meio do ano no Hemisfério Norte.
