Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de setembro de 2020
Um avião de pequeno porte caiu no início da noite do sábado (12) em uma área rural na região entre o distrito de Igaraí, no município de Mococa, e Tapiratiba, a 270 km de São Paulo, informou o Corpo de Bombeiros em sua conta oficial no Twitter. Foram encontrados 7,2 kg de cocaína na aeronave.
O avião pegou fogo e, segundo os bombeiros, o piloto — ainda não identificado — morreu carbonizado no local. As equipes de resgate encontraram a cocaína embalada em sete pacotes: cinco intactos e dois fragmentados. A aeronave caiu em um canavial por volta das 20h30. Não há ainda informações sobre as circunstâncias da queda.
Não há também informações sobre o tipo de aeronave. No leme do avião há a inscrição “RV-10”, que pode indicar que se tratar de um monomotor de quatro lugares. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou que a investigação sobre a queda não será feita pelo Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), que tem a finalidade de prevenção e porque os indícios coletados apontam envolvimento com atividades ilícitas, que devem ser investigadas pela autoridade policial.
Os destroços da aeronave foram levados para o pátio do guincho de Tapiratiba e o caso será investigado pela Polícia Civil do município.
Crime organizado
Na sexta-feira (11), a Polícia Federal (PF) cumpriu oito mandados de prisão, no Brasil e no Paraguai, contra lideranças do crime organizado para combater o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro.
Foram cumpridos 42 mandados de busca e apreensão no Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. No Paraguai, a polícia faz operação nas cidades de Assunção e Pedro Juan Caballero. As ordens judiciais foram expedidas pela 5ª Vara Federal em Campo Grande (MS).
A Justiça determinou o sequestro de mais de R$ 230 milhões em patrimônio do tráfico de drogas no Brasil e no Paraguai. No Brasil, são 42 imóveis, duas fazendas, 75 veículos, embarcações e aeronaves, cujos valores somados atingem R$ 80 milhões em patrimônio adquirido pelos líderes da organização criminosa.
“O esquema criminoso investigado tinha como ponto principal a lavagem de dinheiro do tráfico de cocaína, por meio de empresas de laranjas e empresas de fachada, dentre as quais havia construtoras, administradoras de imóveis, lojas de veículos de luxo, dentre outras”, ressalta a PF, em nota.
A estrutura, especializada na lavagem de grandes volumes de valores ilícitos, também contava com uma rede de doleiros sediados no Paraguai, com operadores em Curitiba (PR), Londrina (PR), São Paulo e Rio de Janeiro.
A operação foi batizada de Status. Isso porque, segundo a PF, os líderes mantinham ostentação de alto padrão de vida, com participação em eventos de arrecadação com veículos esportivos de alto valor, contratação de artistas famosos para eventos pessoais e residências de luxo.