Sábado, 04 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de abril de 2018
A parcela de lares chefiados por homens no Brasil cai há dois anos e já é inferior a 40% do total de 69,8 milhões de domicílios existentes no País. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada na manhã desta quinta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2017, 39,3 milhões de lares ou 39,2% deles tinham homens como responsáveis. No ano anterior, esse percentual era de 40,7% e em 2012, início da série histórica da pesquisa, era ainda maior (41,2%). Já tanto a parcela quanto o número de famílias comandadas por mulheres cresce há cinco anos.
De acordo com o IBGE, os domicílios que têm mulheres como responsáveis ultrapassou a barreira dos 30 milhões no ano passado, ficou em 30,5 milhões ou 28,5% do total de lares brasileiros. Em 2012, esse percentual era de apenas 22,7% ou 23,26 milhões de lares.
Recentemente, um outro módulo dessa mesma pesquisa mostrou que, além de a responsabilização pelo lar estar crescendo entre as mulheres, mesmo quando elas têm emprego trabalham mais em casa do que o homem desempregado.
Com a recessão, mais homens passaram a fazer tarefas domésticas no ano passado, mas as mulheres ainda dedicam o dobro de horas que eles nesses afazeres. Segundo os dados divulgados na semana passada pelo IBGE, as mulheres empregadas — ou seja, que trabalham fora — dedicam 18,1 horas semanais às tarefas de casa, filhos e idosos. A média é maior até que a dos homens desempregados ou inativos, que dedicam só 12 horas por semana a essas atividades. Para os homens empregados, a média ficou em 10,3 horas semanais. Já as mulheres fora do mercado de trabalho chegam a dedicar 23,2 horas por semana aos afazeres domésticos.