Por Redação O Sul | 21 de maio de 2015
Deve chegar a 25 bilhões de reais a redução, neste ano, no valor destinado ao financiamento de casas próprias pela Caixa Econômica Federal, líder no segmento. O corte representa 20% do que foi desembolsado no ano passado. Será o segundo ano seguido de recuo nos desembolsos para a habitação do banco e o mais acentuado desde o início do ciclo de expansão nos financiamentos imobiliários em 2002.
A instituição financeira estima emprestar neste ano cerca de 103,8 bilhões de reais, já somando os financiamentos com recursos da poupança e aqueles com o dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A previsão inicial da Caixa era de, pelo menos, repetir neste ano o desempenho do crédito imobiliário em 2014, de 128,8 bilhões de reais (70,4 bilhões de reais com o dinheiro da poupança e 49,4 bilhões de reais com FGTS e subsídios).
Mas as expectativas foram frustradas após a forte saída de recursos da caderneta de poupança. De janeiro a abril, a poupança teve saques de 29,2 bilhões de reais. A expectativa do setor é de que a caderneta perca 50 bilhões de reais em depósitos neste ano, o que deve comprometer os financiamentos imobiliários no País.
Se a escassez de recursos persistir, as taxas cobradas dos mutuários podem chegar perto do teto de 12% mais TR, segundo executivos do banco estatal. Com essas taxas, a Caixa perde a vantagem em termos de custo em relação aos demais bancos, especialmente os privados. (Folhapress)
