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Por Redação O Sul | 12 de novembro de 2019
A Câmara dos Deputados do Chile anunciou, na noite de segunda-feira (11), que aprovou a convocação de um plebiscito para uma nova Constituição em 90 dias, além de um plebiscito de ratificação para o documento.
Segundo o deputado Matías Walker Prieto, da região de Coquimbo, a decisão foi tomada após um debate em uma comissão que durou dez horas. Na noite de domingo (10), o governo chileno anunciou que iniciaria o processo para uma nova Constituição através de um “Congresso Constituinte com ampla participação cidadã e um plebiscito que o ratifique”. A manobra atende a uma das principais demandas surgidas nos protestos que ocorrem no país.
O ministro do Interior, Gonzalo Blumel, confirmou o anúncio após uma reunião na casa do presidente, Sebastián Piñera, com os líderes do “Chile Vamos”, coalizão política que reúne quatro partidos de centro-direita e direita, que até agora eram os mais reticentes a uma mudança profunda da Carta Magna, herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
Piñera anunciou no sábado (09) que preparava um projeto para fazer mudanças na Constituição promulgada na ditadura. “Acredito nas mudanças na Constituição, que são legítimas e vamos discuti-las”, afirmou.