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Por Redação O Sul | 15 de julho de 2015
				A Câmara dos Deputados recuou nesta quarta-feira e manteve o mandato de quatro anos para todos os cargos eletivos no País. Os parlamentares iniciaram a análise de mudanças ao texto-base da proposta de emenda à Constituição que reúne um conjunto de medidas que formam a chamada reforma política. Eles devem concluir a votação em agosto, após o recesso parlamentar. Quando encerrado, o texto seguirá para o Senado.
Os deputados aprovaram, no início do mês, o texto-base da proposta em segundo turno. Nesta quarta, eles analisaram apenas sugestões de mudanças.
Dois destaques foram apresentados para manter a proposta do mandato de cinco anos, como havia sido aprovado pelos deputados na votação do texto-base. No entanto, para que o trecho fosse mantido, eram necessários 308 votos favoráveis – mínimo regimental exigido para se alterar a Constituição. O resultado, no entanto, foi de 296 votos favoráveis e 154 contrários, com duas abstenções.
Os quatro anos de mandato continuarão a valer para presidente, governadores, deputados federais, estaduais e distritais, prefeitos e vereadores. No caso dos senadores, o período permanece nos atuais oito anos. Apesar da mudança, foi mantido o fim da reeleição para os cargos do Executivo.
Parlamentares alegam que a mudança para cinco anos não foi bem recebida pela sociedade, principalmente, em relação aos deputados. “A gente acabou com a reeleição, mas deputado pode se reeleger quantas vezes quiser e ainda assim ia aumentar o seu tempo de mandato? Não pegou bem”, disse o líder interino do PSDB, Nilson Leitão (MT).
Os deputados também mantiveram a atual data da posse presidencial e de governadores para o dia 1º de janeiro. Na primeira votação, os deputados haviam alterado para os dias 5 e 4 de janeiro, respectivamente.
A proposta também cria uma janela temporal para a troca de partidos e inclui na Constituição as doações eleitorais de empresas. Estas mudanças que devem ser mantidas pelos senadores.
Divergências
Câmara e Senado votam há algumas semanas, separadamente, propostas de reforma política. Em vários casos, os pontos defendidos pelos deputados são divergentes daqueles apoiados pelos senadores, o que aumenta as chances de medidas não saírem do papel.