Segunda-feira, 05 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 4 de abril de 2016
Uma carreata com pelo menos 60 caminhões-cegonha sairá de frente da unidade da GM (General Motors) de Gravataí, às 10h desta terça-feira, em direção ao trevo próximo da entrada do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, percorrendo cerca de 50 quilômetros da Freeway (BR-290) em velocidade reduzida.
O “caminhonaço” ocorre em protesto contra as montadoras e empresas de logística para as quais os caminhões-cegonha prestam serviço e é liderado pelo Sintravers (Sindicato das Pequenas e Micro-empresas de Transporte de Veículos do Rio Grande do Sul). O setor reivindica reajustes nos valores de frete e melhores condições de trabalho para os cegonheiros.
O ato deve durar cerca de duas horas e se encerra com retorno à unidade da GM. “A margem de lucro das transportadoras que terceirizam o deslocamento da produção de carros que sai da planta de Gravataí para ser distribuída no País tem ocorrido em detrimento dos proprietários de caminhões-cegonha”, explica o presidente do Sindicato, Silvio Dutra.
O dirigente relata que nos últimos dois anos, as empresas de logística exigiram investimentos dos prestadores de serviço, que se viram obrigados a comprar caminhões e carretas para atender a uma demanda que não se cumpriu. Na época, a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) previa que a produção de veículos em 2016 chegaria ao patamar de 4 milhões de unidades no País. “No entanto, com a crise política e econômica estabelecida, esta estimativa caiu para menos de 2 milhões de veículos/ano”, destaca Dutra.