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Saúde Câncer de pulmão: saiba quais são as causas e como é o tratamento

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O INCA registrou no Brasil mais de 30 mil diagnósticos da doença neste ano. (Foto: Reprodução)

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os tumores pulmonares seguem no topo do ranking das doenças oncológicas que mais matam todos os anos. O Instituto Nacional do Câncer (INCA), registrou no Brasil mais de 30 mil diagnósticos da doença neste ano.

Segundo a oncologista Mariana Laloni, a maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresenta sintomas relacionados ao próprio aparelho respiratório. “Os sinais de alerta são tosse, falta de ar e dor no peito. Em outros casos, a pessoa pode perder peso e sentir fraqueza. Cerca de 15%, o tumor é diagnosticado por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos. Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico precoce da doença, o que contribui amplamente para o sucesso do tratamento”, diz.

A médica comenta ainda que existem dois tipos principais de câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. “O carcinoma de não pequenas células corresponde a 80 a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes”, destaca.

Imunoterapia no combate ao câncer

A ciência tem transformado a maneira de tratar diferentes tipos de câncer. E, no caso das neoplasias de pulmão, as alternativas terapêuticas avançam a passos largos, permitindo ao paciente um arsenal poderoso de condutas que podem ser indicadas para o enfrentamento da doença.

Diante deste cenário, estratégias que combinam modalidades de tratamento sistêmico (baseados na adoção de medicações via oral ou intravenosa, como a quimioterapia) e local (radioterapia) podem ser adotadas no início do tratamento para reduzir o tumor antes de uma cirurgia para retirada da parte do pulmão acometido, ou mesmo como tratamento definitivo quando a cirurgia está contraindicada.

A radioterapia isolada também é utilizada algumas vezes para diminuir sintomas como sangramento e dor. “A indicação do tratamento depende principalmente do estadiamento, subtipo, tamanho e localização do tumor, além do estado geral e comorbidades do paciente”, diz Mariana Laloni.

Para a especialista, é válido destacar o papel que a imunoterapia exerce no panorama de enfrentamento do câncer de pulmão. Baseado no princípio de que o organismo reconhece o tumor como um corpo estranho desde a sua origem, e de que com o passar do tempo este tumor passa a se “disfarçar” para não ser reconhecido pelo sistema imunológico e então crescer.

“Embora o sistema imune esteja apto a prevenir ou desacelerar o crescimento do câncer, as células cancerígenas sempre dão um jeitinho de driblá-lo e, assim, evitar que sejam destruídas.

O objetivo da imunoterapia é ajudar os ‘soldados’ de defesa do organismo a agir com mais recursos contra o câncer, produzindo uma espécie de super estímulo para que o corpo produza mais células imunes e assim a identificação das células cancerígenas seja facilitada (devolvendo ao corpo a capacidade de combater a doença de maneira efetiva)”, explica a especialista.

Não é à toa que medicações imunoterápicas vêm conquistando protagonismo no tratamento de tumores de pulmão e de outros tipos de câncer. A abordagem terapêutica tem trazido resultados importantes também para cânceres de bexiga, melanoma, estômago e rim.

A imunoterapia também pode ser utilizada no tratamento contra o câncer cerebral por se tratar de grande desafio para a medicina, uma vez que as chances de cura desse tipo de tumor dependem de fatores, como seu crescimento livre, acometimento de áreas potencialmente nobres do cérebro, disseminação de modo que dificulta a cirurgia e a forma que utiliza o organismo a seu favor, aproveitando-se, inclusive, do sistema imune, do metabolismo e dos nutrientes.

Com o avanço das tecnologias e pesquisas na área, novas terapias para o tratamento de tumores cerebrais vêm surgindo. E a imunoterapia, que está sendo muito utilizada em todo o mundo para o tratamento de uma série de tipos de cânceres, tem sido apontada como uma aposta promissora no combate aos tumores cerebrais.

Tabagismo ainda é a principal causa

O tabagismo continua sendo o maior responsável pelo câncer de pulmão no Brasil e no mundo. Aliás, não apenas deste tipo de tumor: segundo o INCA, 156 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se o tabaco fosse evitado, sendo que cerca de ⅓ destes óbitos são decorrentes de algum tipo de câncer decorrente do hábito de fumar.

E apesar do Brasil ter sido reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como um exemplo no combate ao cigarro – o país tem um dos menores índices de fumantes do mundo, cerca de 10% da população acima de 18 anos, segundo o próprio INCA, os desafios não param de chegar. Um deles, é a chegada dos cigarros eletrônicos e outros dispositivos de vape, que têm conquistado principalmente os jovens.

“Nós vemos novas formas de tabagismo chegando, como o cigarro eletrônico, por exemplo, que tem atraído principalmente os adolescentes, pelo formato, pela novidade e pela falta de informação também sobre o impacto nocivo deles. Então, estamos vendo uma geração que tinha largado o cigarro, voltar para versões digamos, mais modernas, do mesmo mal”, alerta Mariana Laloni.

Parar de fumar, alerta a especialista, é a forma mais eficaz de se prevenir contra o câncer de pulmão e diversos outros tumores, além de doenças cardíacas, doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia, AVC (acidente vascular cerebral) e complicações severas decorrentes da contaminação pela Covid-19.

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https://www.osul.com.br/cancer-de-pulmao-saiba-quais-sao-as-causas-e-como-e-o-tratamento/ Câncer de pulmão: saiba quais são as causas e como é o tratamento 2021-08-10
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