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Saúde Câncer de tireoide é menos agressivo que outros: entenda o diagnóstico do jogador Everton Ribeiro

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O jogador passou por cirurgia e contou que recebeu o diagnóstico há cerca de um mês. (Foto: Reprodução)

O camisa 10 do Bahia, Everton Ribeiro, de 36 anos, revelou o diagnóstico de um câncer de tireoide na tarde dessa segunda-feira (6). O jogador passou por cirurgia e contou que recebeu o diagnóstico há cerca de um mês.

O câncer de tireoide, diferente da maior parte dos cânceres, é muito menos agressivo, destaca o oncologista Stephen Stefani, do grupo Oncoclinicas, Porto Alegre, e membro do conselho da American Health Foundation.

“A gente fica muito mais tranquilo. Tanto que existe o caminho global de nem querer chamar de câncer, quando o paciente, por exemplo, tem um carcinoma de tireoide do tipo folicular ou papilífero. É uma doença presente, mas sem o alarme que outras doenças oncológicas podem causar”, diz o médico.

Há quatro principais tipos de câncer de tireoide:

– Papilífero: o tipo mais comum (cerca de 80% dos casos). Cresce lentamente e costuma ter bom prognóstico.

– Folicular: também tem evolução lenta e, geralmente, bom resultado com tratamento.

– Medular: mais raro e pode estar relacionado a síndromes genéticas hereditárias.

– Anaplásico: é muito incomum e o tipo mais agressivo e de crescimento rápido, geralmente diagnosticado em estágios avançados.

Esses são tumores primários de tireoide. Outras doenças, mesmo que muito raras, também podem acometer a tireoide.

Sintomas

Entre os sintomas mais comuns do câncer de tireoide, estão:

– Nódulo ou caroço no pescoço (geralmente indolor);

– Inchaço no pescoço;

– Rouquidão persistente;

– Dificuldade para engolir ou respirar;

– Dor que pode irradiar para o ouvido ou mandíbula.

Outros achados incidentais, assintomáticos, também podem ser identificados através de outros exames que investigam a região cervical.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por meio de aquisição de material histológico, ou seja, obtenção de fragmento, mais comumente, por meio de punção aspirativa com agulha fina (PAAF)], com anestesia local.

Exames de imagem (como ecografia) e alguns exames laboratoriais sanguíneos podem contribuir para elucidar quadros suspeitos.

“Não há indicação para fazer rastreamento de rotina de câncer de tireoide. Entre os motivos está o fato de que o câncer de tireoide, diferentemente de muitos tipos de doenças oncológicas, não se beneficia do diagnóstico precoce”, afirma o oncologista Stephen Stefani.

Tratamento

O tratamento varia muito conforme o tipo histológico. Os tipos mais comuns, como o papilífero e folicular, respondem bem à cirurgia, eventualmente com necessidade de complementar com iodoterapia (aplicação de iodo radioativo em doses para fazer ablação do tecido restante).

Alguns casos podem ficar somente em acompanhamento, sem necessidade de tratamento específico, além de vigilância ativa.

O tipo medular pode ser manejado com drogas que tenham como alvo eventuais mutações específicas. A quimioterapia e radioterapia são muito raramente necessárias.

Everton explicou aos fãs nas redes sociais que está em recuperação e agradeceu o carinho dos seguidores.

“Oi, amigos. Preciso compartilhar uma notícia com vocês. Há cerca de um mês, fui diagnosticado com um câncer na tireoide. Hoje fiz a cirurgia e tudo correu bem, graças a Deus. Sigo em recuperação, com fé e com o apoio da minha família e de vocês. Obrigado por cada oração e carinho. Ter vocês ao meu lado faz toda a diferença. Tenho certeza de que vamos vencer mais essa batalha juntos”, escreveu Everton.

Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) indicam que, a cada ano, aproximadamente 14 mil novos casos de câncer de tireoide são diagnosticados no Brasil, sendo 2.000 em homens e 12 mil em mulheres.

A doença é predominante no sexo feminino. Há um risco estimado de 1,72 casos a cada 100 mil homens e 11,15 casos a cada 100 mil mulheres.

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