Oprah disse no passado que não tem interesse em concorrer à Presidência, mas o Los Angeles Times citou Stedman Graham, parceiro de Oprah na vida e nos negócios há anos, como tendo dito no domingo que “cabe ao povo… ela absolutamente faria isto”.
No Globo de Ouro, Oprah usou o palanque para promover o movimento “Time’s Up” (O tempo acabou) contra assédio e abuso sexual, mostrando seu apoio às pessoas que expuseram condutas sexuais inadequadas em Hollywood e outras áreas na política e na mídia.
“Ela tinha aquele salão em suas mãos. Foi como um comício de campanha”, disse Sherry Bebitch Jeffe, membro da Escola de Políticas Públicas da Universidade Do Sul da Califórnia.
O discurso de nove minutos gerou duas ovações de pé das estrelas de Hollywood e gerou 220 mil publicações nas redes sociais mencionando as palavras “Oprah” e “presidente” em somente 24 horas, disse Todd Grossman, da companhia de análise de redes sociais Talkwalker.
Após o republicano Trump vencer a corrida à Casa Branca em 2016 com ajuda de sua fama como estrela de reality show, já não parece inverossímil considerar uma campanha similar para Oprah, uma atriz, produtora de TV e cinema, e chefe-executiva de seu próprio canal de TV, disseram analistas políticos.
Oprah, há tempos associada às políticas do Partido Democrata e a angariação de fundos ao partido, iria provavelmente enfrentar um campo lotado nas primárias democratas para a corrida de 2020.
Mas, por conta de suas conexões, Oprah pode ter uma vantagem de angariação de recursos sobre seus rivais na liberal Hollywood, que é frequentemente chamada de caixa eletrônico para candidatos democratas.