Geral Astronautas chegam à Terra após seis meses no espaço
Por Redação O Sul | 12 de junho de 2015
A cápsula espacial Soyuz, com três astronautas da ISS (Estação Espacial Internacional, em tradução livre) pousou no Cazaquistão na manhã desta quinta-feira (11). Eles passaram seis meses – 199 dias – fazendo experiências a bordo da estação. As informações foram divulgadas pelo centro de controle russo, ligado à Roscosmos e à Nasa (agência espacial norte-americana).
O retorno da Soyuz, com o russo Anton Shkaplerov, o norte-americano Terry Virts e a italiana Samantha Cristoforett, foi adiado em quatro semanas para permitir que a agência russa investigasse a causa da perda, em abril, de uma nave de carga, conforme a Nasa.
Com esta permanência no espaço, a astronauta Samantha se tornou a mulher que mais tempo ficou, de maneira contínua, fora da Terra. Após a aterrissagem, os astronautas foram submetidos a uma série de exames e testes em uma tenda médica.
Lançamento
Ainda em novembro do ano passado, a Soyuz-TMA16M atracou na ISS após ser lançada às 19h42min do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão (16h42min, no horário de Brasília-DF) com mais três astronautas – um norte-americano e dois russos a bordo. A nave realizou um voo sem incidentes, de seis horas, até chegar à estação às 1h33min (22h33min, em Brasília-DF). A ISS recebeu seu primeiro visitante em 2000.
O engenheiro da Nasa Scott Kelly e o russo Mikhail Kornienko passaram 342 dias na ISS. O terceiro tripulante era Gennady Padalka. Kelly, 51 anos, e Kornienko, 54, realizaram uma missão de teste dos efeitos de voos espaciais sobre o corpo humano durante longos períodos.
Fora da ISS, o cosmonauta russo Valeri Poliakov tem o recorde da maior estadia em órbita. Foram mais de 14 meses consecutivos a bordo da estação espacial Mir entre 1994 e 1995.
Balão supersônico
O lançamento de um enorme balão da Nasa que carrega uma espécie de disco voador para testar o maior paraquedas lançado até o momento fracassou na segunda-feira (8). O objetivo é permitir o pouso de naves espaciais em Marte.
O balão de hélio começou sua subida de cerca de duas horas e meia às 14h45min (horário de Brasília) de uma base militar no Havaí (EUA), de acordo com a transmissão ao vivo do canal da Nasa. Tratava-se do segundo teste realizado com a nova tecnologia. Na primeira tentativa, em junho do ano passado, o paraquedas rasgou durante a descida.
A Nasa modificou o desenho para este novo teste, mas não deu muitos detalhes nesta segunda tentativa sobre a maneira como o paraquedas funcionou, limitando-se a dizer que ele se abriu “parcialmente”. Um barco partiu para recuperar o “disco” e sua caixa-preta para analisar todos os dados a partir deste teste.
Novo planeta
Um rapaz de 15 anos descobriu um planeta em órbita de uma estrela que está a 1 mil anos-luz da Terra, informou a Universidade de Keele, na Inglaterra. O garoto fazia um estágio na universidade quando fez a descoberta.
Tom Wagg analisou dados de um projeto de monitoramento de estrelas chamado WASP quando percebeu que uma delas tinha pequenas alterações de luz. Essas mudanças podem ser causadas por planetas que estão passando na frente da estrela durante sua órbita.
O planeta descoberto tem aproximadamente o tamanho de Júpiter, mas dá a volta em seu sol no equivalente a dois dias. Ele fica próximo da estrela, por isso deve ser quente. Sua órbita veloz faz com que interfira mais na luz da estrela para um observador distante, tornando mais fácil sua identificação.
Foram necessários mais dois anos de pesquisas para comprovar que Wagg estava certo e que se tratava mesmo de um corpo celeste grande o suficiente para ser considerado um planeta. (AG)
