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Política Carlos Bolsonaro foi idealizador de esquema de “inteligência paralela” montado na Abin, diz relatório final da Polícia Federal

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Documento aponta papel central do vereador em suposta organização criminosa investigada pela PF. (Foto: Caio Cesar/CMRJ)

O relatório final da Polícia Federal (PF) sobre a chamada “Abin paralela” aponta que o vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, idealizou a suposta estrutura clandestina de inteligência no governo anterior. Ao detalhar a participação de Carlos no suposto esquema, a PF diz que o vereador “foi beneficiário direto de informações coletadas por essa estrutura, incluindo dados sobre investigações em curso que pudessem atingir o núcleo político ou familiar”.

A Polícia Federal confirmou o envolvimento de Jair Bolsonaro no esquema de espionagem ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e indiciou Carlos e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) no caso. A apuração teve início após o jornal O Globo revelar, em março de 2023, a compra de um sistema espião pela agência para monitorar a localização de alvos predeterminados em todo o País. A estrutura montada no órgão de inteligência ficou conhecida como “Abin paralela”.

Ao todo, 36 pessoas foram indiciadas no caso. Na lista estão ainda nomes que integram a atual gestão da agência, como os delegados Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Abin, o chefe de gabinete Luiz Carlos Nóbrega e o corregedor-geral José Fernando Chuy. Todos eles são delegados de carreira da Polícia Federal nomeados ao cargo no governo Lula. Procurada, a Abin não comentou.

Segundo os investigadores, Carlos “era o destinatário final ou direcionador das informações produzidas pela estrutura paralela da Abin”. A PF ainda destaca que Carlos “figura no cerne das ações delituosas da ORCRIM e, conforme corroborado por testemunhas, foi o idealizador da ‘inteligência paralela’ formada por ‘1 (um) delegado e 3 (três) agentes’, por não confiar nas estruturas oficiais”. O sigilo do relatório foi retirado nessa quarta-feira (18) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O relatório da PF ainda afirma que, mesmo trabalhando na Presidência da República, os funcionários públicos membros da chamada Abin paralela ainda estavam vinculados a Carlos Bolsonaro. Segundo a PF, esses servidores atuavam de forma alinhada aos interesses do vereador, mesmo fora da estrutura da Presidência.

“Do exposto, as evidências constantes nos autos indicam a integração dolosa e consciente de CARLOS BOLSONARO na ORCRIM, atuando na guerra informacional, na articulação de estruturas paralelas de inteligência e produção de campanhas de desinformação”, diz trecho do relatório da PF.

Após o indiciamento da PF, Carlos Bolsonaro se pronunciou em um post no X (antigo Twitter). Ele atribuiu o indiciamento a uma ação ligada à movimentação para a eleição de 2026 e disse não ser uma “coincidência”.

“Alguém tinha alguma dúvida que a PF do Lula faria isso comigo? Justificativa? Creio que os senhores já sabem: eleições em 2026? Acho que não! É só coincidência!”, ele escreveu no post. (Com informações do jornal O Globo)

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https://www.osul.com.br/carlos-bolsonaro-foi-idealizador-de-esquema-de-inteligencia-paralela-montado-na-abin-diz-relatorio-final-da-policia-federal/ Carlos Bolsonaro foi idealizador de esquema de “inteligência paralela” montado na Abin, diz relatório final da Polícia Federal 2025-06-18
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