Domingo, 08 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 22 de fevereiro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Até a chegada do deputado federal Carlos Marun na Secretaria de Governo no Palácio do Planalto, a Casa estava desarrumada. O antigo titular da pasta, Antônio Imbassahy, tinha enormes dificuldades na articulação política e pelo menos cinco lideres de partidos importantes se recusavam a dialogar com ele. Essa brecha exigia que os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco )Secretaria-Geral da presidência) a todo momento deixassem as ações nas suas áreas para socorrer a articulação política, deixando o presidente Michel Temer desamparado dessa assessoria.
Harmonia na equipe
A chegada do novo ministro preencheu o espaço e afinou o time. Padilha e Moreira Franco puderam atuar com mais desenvoltura nas suas áreas. “O que é mais importante: com Marun não tem nada ruim: ele encara qualquer situação com bom humor”, avaliou para este colunista um influente líder da base governista no Congresso Nacional, nesta semana. Marun dialoga com todos os partidos.
Ousadia de Temer é de candidato
Temer começa a mostrar uma ousadia própria de quem é ou será candidato. Três vezes presidente da Câmara dos Deputados e experiente na área da segurança como secretário da área em São Paulo, ele dá sinais de que a aposentadoria ainda não chegou. As medidas de apelo popular, a exemplo da intervenção na segurança pública no Rio de Janeiro, causaram impacto local e nacional. O projeto seria transmitir uma imagem de “governo de resultados”, mesmo com ações antigas, e ter um discurso que vá além do que o núcleo político do Palácio do Planalto chama de “economês”. Temer nega publicamente, mas tem demonstrado disposição de se candidatar a um novo mandato.
Sinal de que o tema é importante
No Senado, a oposição emitiu mais um sinal de que a intervenção na segurança do Rio pode ajudar Temer. Mesmo que possa atenuar a crise na área, ainda assim a possibilidade de que ele cresça politicamente fez a oposição votar contra, colocando 13 votos pela derrubada do decreto: o PT votou unido contra a intervenção e contou com o apoio de PSB e PCdoB, mais um senador do PTB e um da Rede.
Percepção distorcida da população
Surpreendentemente, a economia parece não ser levada em conta pela população entre as prioridades. Pesquisas semanais que o governo realiza para saber quais devem ser as prioridades nos próximos seis meses mostram alguns números surpreendentes. Em uma destas pesquisas, o Ibope mostrou que os entrevistados têm mais preocupação com saúde (41%), combate à corrupção (16%), desemprego (15%), educação (10%) e segurança pública (7%). Questões econômicas aparecem em último lugar.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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