Sexta-feira, 30 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 29 de maio de 2025
Atriz (foto) reflete sobre experiência com a personagem no remake de Manuela Dias
Foto: Fábio Rocha/GloboTem sido um grande desafio para Carolina Dieckmann, de 46 anos, embarcar na personalidade de Leila, no remake de “Vale Tudo”, da TV Globo. Quem diz isso é a própria atriz, que conta estar em vigilância constante de sua atuação para não sair da personagem – que aponta ser o oposto de seu comportamento fora das telas.
“Essa personagem é muito sonsa. Acho que a principal tinta que coloquei nela é essa coisa dela ser sonsa. É o oposto de mim, sou zero sonsa, sou uma pessoa bastante expressiva. Muito difícil eu conseguir esconder alguma coisa”, avalia em entrevista exclusiva.
Ex-esposa de Ivan (Renato Góes) e mãe de Bruno (Miguel Moro), a psicóloga vira par romântico de Renato (João Vicente de Castro) quando começa a trabalhar na agência de publicidade Tomorrow. Mas é com Marco Aurélio (Alexandre Nero) com quem ela se envolverá de forma séria em breve.
“Sou meio transparente. Acho que as pessoas que olham para mim, vêem se estou feliz ou não, se estou confortável ou não. Então, trabalhar a Leila é deixar tudo isso numa outra profundidade. Quando a pessoa é sonsa, quando ela esconde o que está sentindo, é uma outra temperatura”, explica.
Dona do papel vivido por Cássia Kiss no folhetim original, Carolina chegou à novela de Manuela Dias um pouco depois dos colegas de elenco, o que não gerou tantas interações de bastidores na construção da personagem.
“Não participei da preparação toda que o elenco participou, estava filmando o longa da Rosane Svartman [(Des)controle] e entrei na novela um pouquinho depois. Então, não fiz uma grande preparação com o elenco que todo fez junto. Isso foi uma coisa que obviamente me faz falta, ter essa memória com eles”, comenta.
Carolina reforça como se manter sonsa, como é qualificada a loira da ficção, é a maior tensão do trabalho da atriz atualmente justamente pela discrepância de personalidades. “Fazer uma personagem que tem uma característica tão diferente de mim, que identifico como algo que eu não sou na vida, é você estar atenta o tempo inteiro. É você não poder tirar esse elemento da interpretação, o tempo inteiro atenta a esconder o que estou sentindo e a passar outras coisas ao invés da verdade”, afirma.
“A tensão de escamotear as sensações e os sentimentos. Quando a cena vem escrita de um jeito aí tento fazer de outro jeito, porque, para mim, o que acontece é sempre uma espécie de acidente, por não ser algo que ela está expressando o que ela está sentindo”, completa.
O processo tem sido tão particular, que a atriz chega a ter dificuldade de explicar exatamente como tem sido impactada pela vivência, mas demonstra satisfação com o resultado. “Tudo parece que é uma coisa e na verdade não é. É um jeito de ler, parece muito subjetivo o que estou falando, é muito difícil de explicar, mas tenho conseguido fazer isso no texto”.