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Carregamento rápido é vilão? Mitos e verdades sobre a bateria do celular

O carregamento rápido funciona aumentando a tensão e a corrente elétrica enviadas ao aparelho. (Foto: Freepik)

Você já deve ter ouvido alguém dizer que “carregar o celular rápido estraga a bateria”. A frase não totalmente verdadeira. Como muitas lendas tecnológicas, ela mistura fatos com exageros.

O carregamento rápido – aquele que promete 50% de bateria em 15 minutos – funciona aumentando a tensão e a corrente elétrica enviadas ao aparelho. Parece intenso, mas os smartphones modernos estão ainda mais espertos. Eles “conversam” com o carregador, controlando a quantidade exata de energia que recebem a cada momento.

– Calor, o maior vilão: O grande inimigo da bateria não é a velocidade, e sim o calor. Quando o celular esquenta demais, os íons de lítio dentro da bateria se degradam mais rápido. Por isso, carregar o aparelho em cima da cama, do sofá ou sob o sol pode ser muito mais prejudicial do que usar um carregador turbo.

Além disso, os extremos de carga também envelhecem a bateria: deixá-la chegar a 0% ou mantê-la sempre em 100% não é uma boa ideia. O ideal é mantê-la entre 20% e 80%, a chamada “zona de conforto” da bateria.

– Original é sempre melhor: Outra dica importante é usar sempre carregadores originais ou certificados. Modelos falsificados podem não respeitar os limites de segurança, causar superaquecimento e até risco de incêndio.

– A tecnologia trabalha a seu favor: Os sistemas de carregamento rápido atuais foram projetados para reduzir a potência quando a temperatura sobe. Em outras palavras, o próprio celular sabe a hora de desacelerar para se proteger.

Na prática, isso significa que o carregamento rápido pode até acelerar um pouco o envelhecimento da bateria, mas de forma mínima e controlada.

Então, entre o conforto de recarregar o celular em minutos e a preocupação com a saúde da bateria, a tecnologia moderna já encontrou um meio-termo.

Boas práticas

Para prolongar a vida útil das baterias de íon-lítio, como as utilizadas em smartphones, é fundamental adotar boas práticas no dia a dia. Um dos principais cuidados recomendados é manter a carga da bateria entre 20% e 80%, evitando os extremos de carga total ou descarga completa. Segundo Ricardo Lima, engenheiro de energia e consultor de eficiência energética, essa faixa reduz o estresse da bateria, contribuindo para sua durabilidade a longo prazo.

Outro ponto importante é evitar o superaquecimento, já que o calor acelera reações químicas que degradam a bateria. Não deixar o celular exposto ao sol, em ambientes muito quentes ou dentro de carros fechados, além de remover a capinha durante o carregamento, são medidas simples que ajudam a dissipar o calor.

O uso de carregadores e cabos originais ou certificados também é essencial. Equipamentos de baixa qualidade podem fornecer corrente inadequada e não possuem mecanismos de segurança, o que representa risco tanto para a bateria quanto para o próprio aparelho. As informações são do jornal Extra e do site TechTudo.

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