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Mundo Carta anuncia retirada de tropas americanas e de aliados do Iraque

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Militares americanos.

Foto: Reprodução
Militares americanos. (Foto: Reprodução)

O Exército dos Estados Unidos informou nesta segunda-feira (6) ao segundo homem no comando militar iraquiano que vai “reorganizar” as forças da coalizão para fazer uma retirada “segura e eficaz” do Iraque, de acordo com uma carta obtida pelas agências Reuters e AFP.

O documento é assinado pelo comandante das operações militares americanas no Iraque, William H. Seely. “Respeitamos sua decisão soberana que ordena nossa saída”, diz o texto.

A carta indica ainda que haverá “aumento no número de helicópteros sobrevoando a Zona Verde e suas imediações” —  e o movimento aéreo já foi intensificado no centro de Bagdá.

Mais cedo, o primeiro-ministro iraquiano, Adel Abdul Mahdi, já tinha confirmado que pretende autorizar uma medida aprovada pelo Parlamento local no domingo (5) que expulsa do país as tropas estrangeiras. Segundo ele, a retirada deve acontecer de maneira coordenada com Washington.

A sinalização aconteceu após uma conversa entre ele e o embaixador americano em Bagdá, Matthew Tueller, na qual o iraquiano pediu para os dois países “trabalharem juntos” para implementarem a resolução.

Mahdi conversou ainda com a chanceler alemã, Angela Merkel, nesta segunda, também para tratar da saída dos militares do território iraquiano.

Berlim mantém um pequeno contingente no país, que atua principalmente na luta contra o Estado Islâmico — mesma função da maior parte das tropas estrangeiras no Iraque.

Apesar de deixar claro que concorda com a retirada, o premiê ainda não endossou formalmente a medida, etapa necessária para que ela entre em vigor.

O Parlamento aprovou a expulsão das tropas estrangeiras em retaliação ao ataque americano ao aeroporto de Bagdá na última sexta (3), que matou o general iraniano Qassim Suleimani.

A ação gerou uma crise entre Washington e Teerã e aumentou os temores de um conflito generalizado na região.

Também nesta segunda, a Otan (aliança militar liderada pelos EUA), suspendeu todas as suas atividades no Iraque por questões de segurança.

O secretário-geral da entidade, Jens Stoltenberg, afirmou que Washington apresentou suas razões para o ataque durante uma reunião em Bruxelas nesta segunda.

Sem detalhar o que foi debatido, o norueguês afirmou que responsabilidade pelo ataque é apenas dos Estados Unidos, mas que a Otan está preocupada com as atividades iranianas no Oriente Médio.

Suleimani, o general morto, era exatamente o responsável por articular a extensa rede de aliados pró-Teerã que agem na região — uma miríade que inclui rebeldes, grupos radicais, milícias e até alguns governos.

O corpo do militar chegou nesta segunda a capital iraniana, onde foi recebido por uma multidão.

Sem citar diretamente EUA e Irã, o secretário-geral da ONU, António Guterres afirmou que o mundo vive seu momento de maior tensão dos últimos 20 anos.

“Minha mensagem é simples e clara: parem essa escalada. Exerçam o máximo de comedimento. Reiniciem o diálogo. Renovem a cooperação internacional. Não nos esqueçamos do terrível sofrimento humano causado pela guerra”, afirmou ele.

Os Estados Unidos tinham cerca de 5.200 soldados no Iraque antes da chegada dos novos grupos desde a semana passada — o governo americano anunciou que mandaria entre 3.000 e 3.500 pessoas para a região depois da crise na embaixada em Bagdá.

Essas tropas integram a coalizão estrangeira formada para combater o grupo terrorista Estado Islâmico.

Não está claro ainda se o deslocamento de militares inclui os exércitos dos 76 países membros da coalizão ou apenas o americano.

Bolsonaro duvida de patente

O presidente Jair Bolsonaro voltou a manifestar nesta segunda-feira (6) apoio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e disse não ter dúvidas de que ele será reeleito neste ano. Em uma crítica indireta ao Irã, afirmou que países com artefatos nucleares podem causar instabilidade.

O presidente duvidou ainda da patente militar do general Qassem Suleimani, morto na ação que aumentou a tensão entre Estados Unidos e Irã. Sem dar maiores detalhes, Bolsonaro disse que ele não é general.

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https://www.osul.com.br/carta-anuncia-retirada-de-tropas-americanas-e-de-aliados-do-iraque/ Carta anuncia retirada de tropas americanas e de aliados do Iraque 2020-01-06
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