Quinta-feira, 15 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2016
Nem o policiamento da Força Nacional em seu interior e das Forças Armadas no entorno impediu os crimes dentro da Vila Olímpica, a casa dos atletas nos Jogos Olímpicos. Desde a inauguração dos 31 prédios, em 24 de julho, até a última quinta-feira, foram registrados 27 casos no local – uma média de mais de um por dia. O levantamento foi feito pelo jornal Extra com base em dados da Polícia Civil.
Apesar de a Vila Olímpica ter abrigado cerca de 15 mil atletas e membros de delegações de todo o mundo, a maior parte das vítimas de crimes trabalhava como camareira no local. Ao todo, 11 casos foram registrados por mulheres contratadas para limpar os apartamentos.
O último caso de violência contra camareiras foi registrado por três mulheres contra dois campeões olímpicos. Uma delas afirmou que os dois homens tentaram agarrá-las dentro do apartamento onde estão hospedados. Os atletas foram identificados como Semi Tani Qerelevu Kunabuli e Leone Nakarawa, da seleção de Fiji, campeã olímpica do rúgbi de 7 no Rio.
“Eu estava com duas amigas limpando o apartamento com a porta aberta. Eram 16h. De repente, dois homens enormes apareceram na porta e começaram a tentar agarrar a gente. Os dois estavam claramente alcoolizados”, contou uma das mulheres atacadas.