Segunda-feira, 17 de novembro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil De olho no eleitorado petista, o presidenciável e ex-ministro Henrique Meirelles quer usar vídeos em que é elogiado por Lula

Compartilhe esta notícia:

Ex-titular do BC e da Fazenda busca imagem de que "não tem lado". (Foto: Banco de Dados/O Sul)

Enquanto aguarda ser anunciado pelo presidente Michel Temer como o pré-candidato formal do MDB ao Palácio do Planalto, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles montou um plano para ampliar sua exposição pública. Em um movimento para tentar capturar eleitores órfãos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele pretende exibir nas redes sociais vídeos em que aparece ao lado do líder petista.

As imagens de arquivo remetem ao período em que Meirelles foi presidente do BC (Banco Central), na gestão de Lula (2003-2010). Os trechos escolhidos mostram o então chefe do Executivo federal discursando e fazendo rasgados elogios ao peemedebista.

No dia 13 de agosto de 2009, por exemplo, durante um evento oficial em Anápolis (GO), Lula creditou a Meirelles o sucesso de seu governo. “Muitas vezes vocês já ouviram pessoas falando mal do Meirelles porque o juro estava alto. Eu quero dizer ao povo de Anápolis que eu sou agradecido e devo a esse companheiro e à equipe econômica do governo a estabilidade econômica e o respeito que o Brasil tem hoje no mundo”, discursou o presidente na ocasião.

A ideia de Meirelles ao propagandear sua boa relação com Lula é tentar neutralizar ataques do PT e conquistar os votos dos eleitores do ex-presidente que ficaram sem candidato desde que ele passou a cumprir pena em Curitiba. Para um dos aliados do ex-ministro, ao mesclar os papeis de presidente do BC de Lula e de ministro da Fazenda de Temer, Meirelles poderá mostrar que “não tem lado”.

“Os vídeos com Lula anulam a crítica da esquerda, porque Meirelles vai mostrar que foi fiador e resolveu o drama da crise econômica em 2003”, ponderou um dos interlocutores do ex-ministro. “E agora, com Temer, resolveu de novo em outro governo, da mesma forma, uma crise ainda pior. Ou seja, ele não tem grupo politico. Ele resolveu problemas no governo Lula e Temer.”

Além de acenar ao público de esquerda, Meirelles vai intensificar o contato com eleitores das classes mais populares que rejeitariam os projetos encabeçados por políticos tradicionais, como o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. Nas conversas com aliados, Meirelles tem dito que as pesquisas eleitorais demonstram o esgotamento dos nomes tradicionais e que esse comportamento dos brasileiros favoreceria seu perfil de estreante em disputas presidenciais.

Para modular esse discurso, Meirelles contratou há alguns meses o instituto Locomotiva, especializado em mapear o comportamento dos setores populares. A partir de pesquisas qualitativas realizadas com grupos de eleitores das classes B, C e D, a equipe da pré-campanha traçou um roteiro.

Nos vídeos que estão sendo gravados, o ex-ministro, no papel de candidato, procurará reforçar valores como honestidade, competência, seriedade e experiência. As quatro palavras resumiriam, segundo a pesquisa, o perfil para vencer em outubro. A estratégia será testada na prática nos próximos dias, quando Meirelles participará de uma série de eventos públicos organizados por igrejas evangélicas.

Disputa interna

Para chegar até a urna, no entanto, Meirelles terá de vencer um desafio tão complexo quanto a busca diária por votos na rua. Em um universo de 20 diretórios do MDB, 13 já estariam admitindo apoiar o nome do ex-ministro na convenção partidária de julho.

Segundo líderes regionais do partido, se a convenção fosse hoje, os delegados simpáticos a Meirelles estariam no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Roraima, Acre e Rondônia. O ex-ministro, no entanto, ainda precisará vencer a desconfiança de uma série de caciques da legenda, que deseja que o partido não tenha candidato à Presidência.

Em uma pesquisa nacional realizada pela cúpula do MDB em seus 27 diretórios no País sobre uma eventual aliança com o tucano Geraldo Alckmin, um apoio peemedebista à candidatura do tucano seria hoje rejeitado por 508 votos dos 629 delegados da cúpula peemedebista. A aliança com o PSDB seria rechaçada por 20 das 27 unidades.

No DEM, aliado histórico dos tucanos, oficialmente a ordem é ter “solidariedade” à candidatura do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ). Nos bastidores, porém, o distanciamento entre tucanos e peemedebistas é visto como caminho para o Democratas abrira negociações para indicar o vice de Alckmin.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Dilma terá direito a 8 servidores de livre escolha; despesa da mudança para Porto Alegre deve ser paga pela Presidência
A foto de uma mulher na piscina que parece não ter o tronco está chamando a atenção na internet
https://www.osul.com.br/caso-seja-confirmado-como-candidato-a-presidencia-da-republica-o-ex-ministro-henrique-meirelles-quer-conquistar-eleitores-de-lula/ De olho no eleitorado petista, o presidenciável e ex-ministro Henrique Meirelles quer usar vídeos em que é elogiado por Lula 2018-05-12
Deixe seu comentário
Pode te interessar