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Política Celular de ex-assessor de Bolsonaro estava longe do Palácio da Alvorada durante reunião sobre golpe

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Os advogados de Filipe Martins argumentam que isso é uma prova de que ele não participou do encontro. (Foto: Arthur Max/MRE)

Dados da operadora de telefonia TIM mostram que o telefone celular do ex-assessor presidencial Filipe Martins estava distante do Palácio da Alvorada na manhã de 7 de dezembro de 2022, quando teria havido uma reunião sobre a minuta do golpe no local.

As informações foram obtidas pela defesa de Martins junto à operadora. Os advogados argumentam que isso é uma prova de que ele não participou do encontro. Os dados serão apresentados no processo em que o ex-assessor é réu pela participação na suposta trama golpista, atualmente no STF.

Segundo a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, Martins teria chegado para a reunião no Alvorada às 8h34, junto com os então comandantes do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, e da Marinha, almirante Almir Garnier.

Ainda de acordo com a PGR, já estavam no local o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, além do próprio Jair Bolsonaro. O encontro é considerado pela acusação peça-chave na montagem do suposto golpe.

Martins, no entanto, nega presença na reunião. Entre as peças que sua defesa deve apresentar estão dados de geolocalização de seu celular, mostrando que seu aparelho esteve conectado a duas antenas na Asa Sul, bairro da Brasília em que ele morava, durante toda a manhã daquele dia.

Uma das antenas mostra o celular conectado à rede de internet no local das 6h39 às 8h08. Também há registro de chamadas telefônicas na mesma região às 9h14, 9h54 e 12h09.

Além disso, registros da Uber também obtidos pela defesa mostram que Martins iniciou às 10h19 daquele dia um deslocamento da Asa Sul para a Asa Norte em Brasília, regiões distantes do Palácio, em nova demonstração de que não esteve no local.

Por outro lado, registros da portaria da Alvorada indicam a entrada do ex-assessor no local para aquela reunião. A defesa dele diz que as informações apresentam problemas técnicos e não são confiáveis – não haveria registro, por exemplo, de saída do palácio.

Os advogados de Martins tentam há mais de um ano obter os dados completos da TIM sobre seu celular, mas até agora obtiveram apenas informações parciais. A íntegra tem sido negada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Os advogados do ex-assessor vão pedir ao Supremo a absolvição dele. Argumentam que o próprio Freire Gomes disse em algumas ocasiões que não tem como afirmar com certeza que Martins esteve na reunião. Com isso, restaria apenas a palavra do delator, Mauro Cid, que não poderia ser tomada como fato sem comprovação material. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

 

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