Quinta-feira, 31 de outubro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de maio de 2022
Desde que o Pix, ferramenta de pagamento instantâneo do Banco Central, se popularizou no País, os roubos e furtos de celular passaram a ser seguidos de uma “corrida contra o tempo” para que as vítimas bloqueiem os aplicativos de banco o quanto antes. Caso não consigam, quadrilhas têm se especializado em destravar o aparelho e invadir contas bancárias, multiplicando o prejuízo de quem já não tem mais o celular em mãos.
Enquanto esses grupos não so desmantelados, veja uma lista com dicas para evitar roubos com transferência pelo Pix:
Notificação ao banco
Uma vez que o celular é roubado, o recomendado é que as vítimas acionem o banco imediatamente para solicitar o bloqueio do aplicativo e das transferências. Isso pode ser feito por telefones listados na internet ou por outros canais oferecidos em sites das instituições financeiras, como chats para atendimento. A depender do caso, o banco pode acabar retendo a transferência antes que o dinheiro vá para conta de laranjas.
Outro passo complementar é, em caso de roubo ou furto de aparelho celular, trocar as senhas de todos os aplicativos que possam ter informações sensíveis, como e-mail, e notificar a operadora de telefonia. Quando o pedido é validado junto à operadora, é efetuado o bloqueio da linha, evitando que criminosos acessem as informações do chip e que entrem em contato com outras pessoas por meio do celular para aplicar mais golpes.
Bloqueio
Para fazer o bloqueio completo do celular, podem ser solicitadas pela operadora informações como dados pessoais, número do boletim de ocorrência e o IMEI, sigla utilizada para International Mobile Equipment Identity. Este último é um registro de identificação próprio de cada aparelho, que possibilita que o procedimento de bloqueio seja feito de forma mais ágil.
Caso o usuário não tenha o IMEI do aparelho registrado, é possível se precaver e obtê-lo discando o comando *#06# no telefone. O número é informado logo em seguida. Em casos de celulares com dois chips, inclusive, podem até ser mais de um. A recomendação é anotá-los em um lugar seguro e que possa ser acessado caso o celular seja roubado.
B.O
Como se sabe, é imprescindível registrar boletim de ocorrência junto às autoridades policiais, ação que dá visibilidade ao crime, ajuda nas investigações policiais e permite, posteriormente, a identificação e as prisões de quadrilhas de criminosos. No Rio Grande do Sul, é possível registrar ocorrência de forma online para parte dos crimes, como roubo e furto. Outros Estados também oferecem essa alternativa, mas também há a possibilidade de ir até uma delegacia.
Limites
Quando os golpes envolvendo Pix começaram a ganhar força, em meados do ano passado, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) alertou que, desde abril de 2021, o usuário pode controlar seu limite no sistema de pagamento instantâneo, reduzindo ou aumentando o valor disponível para realizar transações. Para além de se precaver ao sair na rua, a medida é importante para auxiliar o cliente na gestão e controle de transações no Pix, mitigando riscos.
Como medida de segurança, o Banco Central fez uma série de mudanças no Pix em agosto do ano passado após os casos de roubo e sequestros relâmpago dispararem nas capitais brasileiras.
Depois disso, o sistema de pagamentos que opera em tempo real passou a ter limite de R$ 1 mil para operações entre 20 horas e 6 horas. Além do Pix, o limite também passou a ser aplicado em outras operações entre pessoas físicas, como compras pelo cartão de débito e em TEDs (Transferência Eletrônica Disponível).
Senhas
A senha do aplicativo de banco deve ser exclusivamente usada para acessar os dados da instituição financeira, recomendam especialistas. Até para facilitar a memorização, alguns usuários costumam repetir a senha em outros aplicativos, mas isso pode facilitar a ação de criminosos, principalmente em casos em que o recurso de “lembrar/salvar senha” é utilizado em navegadores e sites.
Para além dos recursos de “lembrar/salvar senha”, outra prática frequente é a de anotar senhas em aplicativos do celular, como bloco de notas, para acessá-los sempre que houver esquecimento. Mas a prática também não é indicada. Se for necessário, matenha o registro em algum lugar de segurança em casa.
Celular reserva
À medida que os crimes envolvendo Pix avançaram, uma prática comum adotada por alguns usuários da ferramenta foi manter um celular reserva em casa, somente para gestão das contas de banco.
Normalmente, não é necessário comprar um aparelho novo. A depender das circunstâncias, essa estratégia pode ser adotada mesmo com um aparelho mais velho, que não atende mais para uso contínuo, mas que é suficiente para acessar contas bancárias. Ou as contas podem ser acessadas apenas do computador, se o usuário preferir.