Sexta-feira, 06 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 4 de junho de 2025
Redenção: com área de 37,51 hectares, o espaço tem 319.298,1 metros quadrados de projeção de copa, o que representa 85,12% de cobertura arbórea.
Foto: Vitor Rosa/SecomRSDois dos espaços verdes mais conhecidos da capital gaúcha ganharam um estudo inédito e detalhado das árvores. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) concluiu o levantamento que analisou a população arbórea do Parque Farroupilha (Redenção) e do Parque Marinha do Brasil. A iniciativa, que integra o Plano Diretor de Arborização Urbana (Pdau), utilizou a tecnologia do sistema Arbolink para mapear digitalmente cada vegetal presente nos espaços.
Na Redenção, o diagnóstico reforça a importância ecológica de um dos parques mais antigos de Porto Alegre. Com área de 37,51 hectares, o espaço tem 319.298,1 metros quadrados de projeção de copa, o que representa 85,12% de cobertura arbórea. Foram identificadas 6.436 árvores de 260 espécies, o que o torna um dos locais com maior biodiversidade da cidade. Do total, 63,1% são espécies nativas, com Chal-chal, Pitangueira e Tipuana sendo as espécies mais frequentes.
Já o Parque Marinha do Brasil, com área de 70,70 hectares, abriga 2.896 árvores de 148 espécies, com destaque para a presença de Tipuanas e Aroeiras-vermelhas. Mais voltado ao lazer esportivo e atividades ao ar livre, o parque apresenta uma configuração mais aberta, com 38,60% de cobertura de copa, o que totaliza 272.920,6 metros quadrados de projeção de copa. Nesse espaço, predominam espécies exóticas, que representam 64,6% do total, enquanto as nativas somam 33,7%.
“O estudo mostra a importância dos espaços verdes para fortalecer a biodiversidade, garantir a resiliência ambiental e reduzir as emissões de carbono na atmosfera. Os dados também reforçam a necessidade de preservar a vegetação e planejar cuidadosamente os novos plantios, priorizando espécies nativas”, destaca o secretário Germano Bremm.
Os dados fazem parte de um conjunto de ações do Plano Diretor de Arborização Urbana. “A coleta de dados da arborização, com foco na área pública e de forma continuada, serve de subsídio para o gerenciamento mais eficiente das atividades relacionadas à formulação de diretrizes, ao planejamento e implantação de novas mudas arbóreas, manutenção e fiscalização”, finaliza a coordenadora de Arborização Urbana da Smamus, Verônica Riffel.