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Notícias Cerca de 15% dos casais descobrem que são inférteis

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A geração de um bebê nem sempre é resultado só das relações sexuais. (Foto: Reprodução)

A geração de um bebê nem sempre é resultado de relações sexuais. Ter um filho vai além dessa prática e, durante as tentativas, cerca de 15% dos casais descobrem que são inférteis.

De acordo com a médica creditada pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), Natalia Paes Barbosa, vários são os fatores que influenciam na capacidade de concepção. Apesar de ser possível reverter o quadro da infertilidade por meio das técnicas de reprodução assistida, a especialista listou alguns aspectos que interferem na fertilidade e podem otimizar as chances de gravidez.

Idade e fertilidade

A probabilidade de concepção diminui gradativamente com o passar dos anos em ambos os sexos. A idade materna parece ser o fator isolado mais importante quando se fala em taxa de gravidez. Para a mulher, a chance de conseguir uma gestação diminui consideravelmente após os 35 anos. Apesar de alterações no sêmen serem detectadas a partir dos 35 anos, os efeitos da idade na fertilidade masculina são mais evidentes após os 50 anos.

Frequência de relações sexuais

Recomendações específicas de frequência de relações sexuais podem induzir o estresse desnecessário. Estudos demonstram que a chance de gestação é maior quando as relações sexuais ocorrem a cada 1 ou 2 dias. A abstinência sexual prolongada pode afetar negativamente as características do sêmen mas os dados não evidenciam comprometimento da integridade funcional ou a capacitação dos mesmos a ponto de impedir a concepção.

Momento da fertilidade

A análise dos intervalos entre as menstruações é utilizada para estimar a janela fértil, que é definida como o intervalo de 6 dias que termina no dia da ovulação. Estudos sugerem que o momento da máxima fertilidade ocorre 1 a 2 dias antes do dia da ovulação. Em mulheres com ciclos regulares, a probabilidade de gestação pode ser otimizada com o aumento da frequência de relações sexuais após o término da menstruação até o dia da ovulação.

Monitoramento da ovulação

Mulheres que monitoram seu ciclo são capazes de prever o momento da ovulação. A probabilidade de concepção é maior quando o muco cervical aumenta em volume e tem característica elástica. Kits de detecção do hormônio luteinizante (LH) na urina e o aumento discreto da temperatura basal, que é o gráfico formado por medidas diárias da temperatura antes de sair da cama de manhã e que indica que ocorreu a ovulação quando existe a elevação de temperatura – também podem ajudar os casais a determinar o período da ovulação.

Rotinas pós coito

Embora alguns casais pensem que o repouso da mulher por um período logo após o término da relação sexual impede o vazamento do sêmen e facilita o transporte do espermatozóide, não há evidência científica que comprove. Há relatos na literatura do encontro de espermatozóides nas trompas uterinas em menos de 2 minutos da deposição do sêmen no fundo vaginal. Também não há evidência de qualquer relação entre práticas coitais e sexo do bebê. O uso de lubrificantes vaginais pode diminuir a fertilidade devido aos seus efeitos negativos na sobrevivência e motilidade dos espermatozóides. Apesar de não existirem dados relevantes na literatura, pode ser recomendado o uso de óleo mineral ou de canola quando necessário.

Dieta

Considerando que um estilo de vida saudável pode melhorar a fertilidade, uma dieta rica em grãos integrais, ácidos graxos ômega-3, peixe, soja, frutas, verduras e azeite pode ser padrão e um dos caminhos para melhorar a chance de gravidez. O consumo de açúcar, gorduras trans e carne vermelha podem influenciar negativamente a saúde em geral e devem ser evitados. Estudos recentes demonstraram que o consumo de cafeína foi associado ao aumento do risco de aborto e a recomendação atual é limitar a ingestão em até 200 mg por dia. Uma atenção especial deve ser dada à exposição a contaminantes ambientais nos alimentos decorrentes do processamento, preparação, embalagem e transporte. Alguns exemplos incluem mercúrio em peixes, resíduos de pesticidas em frutas e vegetais, resíduos de hormônios e antibióticos em carnes.

Suplementos alimentares e antioxidantes

Há evidências limitadas quanto à possível associação entre vitamina D e a melhora da função reprodutiva. Além disso, um polivitamínico diário que contém ácido fólico antes e durante a gravidez pode melhorar a chance da concepção, além de prevenir defeitos congênitos.O estresse oxidativo pode estar envolvido nos casos de infertilidade. As causas mais comuns são poluição ambiental, tabagismo, álcool, má nutrição, obesidade, infecções e doenças crônicas e autoimunes. Vitamina C, vitamina E e coenzima Q10 podem ser benéficos, mas ainda há pouca evidência que suporte benefício ou dano do uso dos antioxidantes.

Medicina complementar e alternativa

Variadas técnicas de medicina complementar e alternativa sugerem a melhora da fertilidade, como acupuntura, trabalho corporal, cura energética, medicamentos fitoterápicos e yoga, embora não existam estudos com alto nível de evidência publicados na literatura.

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https://www.osul.com.br/cerca-de-15-dos-casais-descobrem-que-sao-inferteis/ Cerca de 15% dos casais descobrem que são inférteis 2018-09-16
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