Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 25 de setembro de 2021
Em média 7 milhões de pessoas morrem por ano devido à poluição do ar , aponta relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse foi o primeiro estudo sobre qualidade do ar da organização desde 2005 e estima ainda que 90% da população mundial está exposta a pelo menos um agente poluente grave.
Junto ao relatório, a OMS divulgou novas Diretrizes Globais de Qualidade do Ar (AQGs). No entanto, ela ressalta que a carga de doenças relacionadas à exposição à poluição é desigual, e atinge com mais força países de baixa e média renda.
“Anualmente, a OMS estima que milhões de mortes são causadas pelos efeitos da poluição do ar, principalmente por doenças não transmissíveis. O ar puro deve ser um direito humano fundamental e uma condição necessária para sociedades saudáveis e produtivas”, disse o Diretor Regional da OMS para a Europa, Dr. Hans Henri P. Kluge.
A organização associa o crescimento da poluição do ar em países de baixa e média renda à urbanização em grande escala e ao desenvolvimento econômico que depende amplamente da queima de combustíveis fósseis nesses lugares. O relatório destaca também que os impactos na saúde afetam principalmente indivíduos com doenças crônicas, idosos, crianças e mulheres grávidas.
Em crianças, a poluição pode reduzir o crescimento e a função pulmonar, provocar infecções respiratórias e asma agravada. Já em adultos, a doença cardíaca isquêmica e o derrame cerebral são as causas mais comuns de morte prematura atribuíveis à má qualidade do ar. Segundo a OMS, essas evidências tornam a poluição tão grave como o tabagismo e a má alimentação, por exemplo.
Novas diretrizes
A OMS ressalta que, desde a última atualização global, em 2005, houve um aumento de evidências que mostram como a poluição do ar afeta a saúde de diferentes formas. Por isso, a organização reduziu os níveis aceitáveis para a qualidade do ar dos chamados poluentes clássicos.
São eles as partículas (PM), o ozônio (O₃), o dióxido de nitrogênio (NO₂), o dióxido de enxofre (SO₂) e o monóxido de carbono (CO). A organização acrescenta ainda que reduzi-los pode promover um impacto sobre outros poluentes prejudiciais.
“As novas Diretrizes de Qualidade do Ar da OMS são uma ferramenta prática e baseada em evidências para melhorar a qualidade do ar da qual toda a vida depende. Eu peço urgência aos países e a todos aqueles que lutam para proteger nosso meio ambiente que as coloquem em uso para reduzir o sofrimento e salvar vidas”, pediu o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.