Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 26 de julho de 2019
A reunião entre os ministros das Relações Exteriores do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, marcou esta sexta-feira (26). O encontro foi realizado no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro.
Com o objetivo de estreitar as relações políticas, a reunião serviu para dialogar e apontar pontos de convergência e divergência entre os países. Um dos pontos discutidos na reunião, foi a reforma no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), órgão no qual o Brasil deseja ter um lugar permanente. O ministro chinês, Wang Yi, defendeu que é preciso respeitar a soberania dos países e potencializar os diálogos multilaterais no sistema ONU.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, afirmou que a inovação será o foco do país na presidência do Brics. Os países concordam em ter uma parceria maior na economia digital, bem como combater o terrorismo e as crises financeiras internacionais.
O principal ponto de divergência é a questão da Venezuela. Ernesto Araújo introduziu a crise da Venezuela em seu discurso, e declarou que “não se pode deixar de ouvir um grito que pede liberdade”. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, reagiu de forma mais dura, e afirmou defender uma solução “sem interferências externas”. De acordo com Sergey, a Venezuela precisa encontrar uma saída por conta própria. A Rússia e a China são os dois grandes aliados da Venezuela, em contraponto ao isolamento imposto pela maioria dos países no Ocidente. Pela tarde os ministros devem realizar algumas reuniões bilaterais, sem previsão para uma nova reunião dos 5 países.