Segunda-feira, 05 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 18 de abril de 2023
Tradicionalmente, ao assumir o posto, o rei ou rainha pode escolher um novo nome real para utilizar.
Foto: ReproduçãoEntre as formalidades que acompanham a coroação de um novo monarca no Reino Unido, a escolha do nome oficial do novo rei ou rainha é uma das que mais causa curiosidade do público. Porém, quando Charles Philip Arthur George, filho mais velho da rainha Elizabeth II, for corado e se tornar o 62° monarca britânico, no dia 6 de maio, pouca coisa vai mudar.
Contrariando apostas que diziam que ele poderia homenagear o pai, Philip, ou o avô, George, com seu nome real, Charles definiu que continuará sendo chamado pelo seu primeiro nome de batismo. A única novidade será o acréscimo do III ao fim, para distingui-lo de antecessores.
Tradicionalmente, ao assumir o posto, o rei ou rainha pode escolher um novo nome real para utilizar, embora não seja um padrão homogêneo.
A ranha Elizabeth II, coroada em 1952, escolheu continuar usando seu primeiro nome, pelo qual estava habituada a ser chamada desde a infância. O antecessor de Elizabeth, no entanto, optou por utilizar a alcunha de George VI, embora fosse conhecido como Albert antes de subir ao trono. George, no entanto, era um de seus quatro nomes.
Charles I e Charles II
Charles não teve como fugir do III, todavia. A marcação é para diferenciá-lo de dois antecessores, que optaram pelo mesmo nome que ele.
Charles I foi rei em um período marcado pela tensão entre a coroa e o Parlamento, com a eclosão de uma guerra civil que durou seis anos e culminou em sua prisão e execução, em 1649.
Seu filho, Charles II, assumiu em 1660, após a Revolução Inglesa, e concentrava menos poder em suas mãos. O monarca não podia fazer leis sem o consentimento do Parlamento e uma série de reformas nas décadas seguintes estabeleceram que a Coroa deveria aceitar a vontade do Parlamento democraticamente eleito, sedimentando o modelo atual de monarquia constitucional do Reino Unido.
Mudança de título
Uma mudança menos intuitiva também vai acontecer na cúpula da monarquia com o reinado de Charles. Sua esposa, Camila Parker-Bowles, recebera o título de rainha consorte, algo que nem sempre foi uma certeza.
Quando se casaram, em 2005, foi acordado que ela se tornaria apenas princesa consorte. Mas, em 2022, durante as comemorações do Jubileu de Platina de Elizabeth II, a rainha manifestou sua vontade de que Camilla assumisse o título de rainha consorte quando Charles III se tornasse rei.
Rainha consorte é a denominação para a esposa de um monarca. O título de rainha é reservado apenas para quem nasceu na família real e está na linha de sucessão, como foi o caso de Elizabeth II.